terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CENTRO-OESTE MADRUGADOR (LXIV)

CULTURA

Mostra de animação japonesa

No ano passado foram comemorados os 100 anos de imigração japonesa no Brasil. Hoje são mais de 1,5 milhão de nikkeis (descendentes de japoneses que não nasceram no Japão), o que nos dá o posto de maior comunidade nipônica fora do Japão. Aos interessados na “cultura dos olhos puxados”, o Sesc Arsenal (em Cuiabá) oferece neste mês uma programação especial voltada ao país do sol nascente. Mais especificamente a Mostra de Filmes: Universo do Anime Japonês. Os filmes serão exibidos nos dias 29, 30 e 31, no CineSesc Arsenal, sempre às 19 horas. A entrada é gratuita. Serão apresentados três animes dos animadores japoneses. Para quem não é iniciado no gênero, trata-se de uma boa oportunidade, pois cada filme representa um espectro de temas e estilos que são constantes nesse tipo de animação. No final de cada exibição, Careimi Ludwing Assmann, mestre em comunicação e semiótica e produtora cultural realizará um bate-papo com o público sobre os principais criadores de animes, personagens e tramas - um bom complemento sobre o assunto.

Sobre Anime

Numa pesquisa rápida pela internet é possível descobrir que anime é para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão.O cinema de animação japonês surgiu em 1950, e com o tempo vem ganhando espaço pelo mundo - tanto pelas histórias fantásticas como pelo apurado senso estético das animações. Um exemplo é o longa “Akira”, do diretor Katsuhiro Otomo. Lançado em 1988, ele é considerado por muitos como o melhor anime de todos os tempos.Idiossincrasias à parte, hoje o anime é um dos fortes produtos culturais e econômicos do Japão.


[Serviço - Universo do Anime Japonês no CineSesc Arsenal. Confira a programação da mostra: “Story of a street corner” dia 29; “Nausicaâ, warriors of the wind”, dia 30; Paradise Kiss, no dia 31. Sessões às 19 horas. Entrada franca. Informações: (65) 3616-6918.].

Notícia Publicada no jornal “Folha do Estado” Mato Grosso - Últimas
Link: http://www.folhadoestado.com.br/


STRESSE EM SALA DE AULA

Baixo salário é uma das causas da depressão

Cerca de 50% dos educadores da rede estadual de ensino mato-grossense que realizaram perícia médica no ano passado apresentaram transtornos mentais, afirma pesquisa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Dos 21 mil professores, entre os de carreira e interinos, 2.034 fizeram perícia em 2008.Jornada tripla de trabalho, baixos salários e desgaste da relação professor-aluno são alguns dos fatores que contribuíram para esse índice. Estresse, depressão, psicoses e dependência química estão dentre esses problemas.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso subsede Cuiabá (Sintep), Helena Maria Bortolo, uma escola com cerca de 5 mil alunos tem que lidar com os problemas de cada um desses indivíduos. O professor por sua vez acaba os absorvendo na intensificação de sua relação com o aluno. Males do cotidiano do estudante, como violência, desemprego e desestrutura familiar, são refletidos dentro de sala de aula. A psicóloga da gerência de qualidade de vida da Seduc, Marisa Marcelo Carvalho, explica que o papel do educador se modificou muito com o passar dos anos e a cada dia ele acumula mais responsabilidades. “Agora o professor deve saber lidar com a individualidade de cada aluno, mas faltam recursos para que ele lide com tantas diferenças. Há um contato intenso com os alunos e todos são muito diferentes, a partir daí a interação se torna difícil e isso gera outros problemas”, comenta.

Cerca de 50% de professores têm síndrome

Pesquisa realizada pelo Sintep nacional diagnosticou que mais de 50% dos educadores de todo o país têm a Síndrome de Bournout. A doença que é um distúrbio psicológico ocasiona apatia, agressividade, irritação, desinteresse, desmotivação, frustração, depressão, angústia e pessimismo. “Ele perde o ânimo, a vontade de viver. Não há mais estímulo em trabalhar e isso é conseqüência das péssimas condições de serviço em que vivemos há anos”, revela a presidente do Sintep Cuiabá, Helena Bortolo.

Falta de condições de trabalho atinge os alunos

A maneira que os estudantes vêem seus professores hoje também é preocupante. É comum que ocorra agressão aluno-professor. Na avaliação da presidente do Sintep Cuiabá, Helena Bortolo, os alunos não respeitam os professores e isso é um reflexo da maneira como os gestores tratam a escola. Ela ainda pontua que as instituições de ensino pública estão desrespeitadas pelo governo por não apresentarem condições mínimas para o professor ou aluno. “Enquanto a Assembléia e Ministério Público constroem prédios luxuosos, as salas de aula do Estado não tem ar condicionado para suportar o calor de Cuiabá. Isso é desumano. Você acha que o estudante estará estimulado a estudar no calor de 40°?”, protesta Helena. Para a educadora as condições de trabalho do professor influenciam diretamente no psicológico deles e na qualidade do ensino. Os professores que chegam apáticos na sala de aula não têm dinâmica de mudanças, e não conseguem estimular os alunos a aprender, comprometendo o processo de formação do conhecimento. “Enquanto continuarmos sendo violentados em função de um orçamento reduzido esses problemas continuarão e o Brasil não sairá do analfabetismo funcional”. (LA)


Notícia Publicada no jornal “Folha do Estado” Mato Grosso - Últimas
Link: http://www.folhadoestado.com.br/


IRREGULARIDADES

Confresa lidera "lista negra" do TCE

O Tribunal de Contas do Estado – TCE-MT apontou 20 prefeituras do interior do Estado de Mato Grosso como campeãs em reprovação de contas. A primeira no ranking é Confresa, por incidir por nove anos consecutivos em irregularidades “gravíssimas”. Entre as principais irregularidades consideradas “graves e gravíssimas” que fizeram Confresa entrar para a lista negra do TCE, estão a contratação de empresas sem realizar licitação com gastos de R$ 547 mil; caixa do Executivo com débito de execução orçamentária de R$ 1,3 milhão e com insuficiência de recursos financeiros para pagar gastos de R$ 2,3 milhões; além de emitir vários cheques sem fundos e pagar duas vezes pelo mesmo serviço.
Dos 141 municípios, 111 tiveram suas contas reprovadas de uma vez a nove vezes, nos últimos nove anos, dos exercícios anuais de 1999 a 2007. As próximas cinco que levaram o troféu de “irregularidades” e tiveram suas contas reprovadas de seis a oito vezes seguidas foram, respectivamente, Alto Boa Vista; Bom Jesus do Araguaia; Alto Paraguai; Juscimeira e Santa Terezinha. No ranking das 20 prefeituras mais corruptas apontadas pelo TCE e que apresentaram incidência de irregularidades e consequentemente tiveram suas contas reprovadas pelo menos quatro vezes estão: Acorizal; Canabrava do Norte, Cocalinho, Gaúcha do Norte, Marcelândia, Peixoto de Azevedo, Poconé, São Pedro da Cipa, Nova Nazaré, Araguainha, Barão de Melgaço, Nova Marilândia, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Entre as irregularidades mais freqüentes nos anos de 2006 e 2007 nas contas das prefeituras, ocuparam o primeiro lugar os registros de contabilização incorretos que aconteceram por 245 vezes.Em segundo lugar, ficaram a omissão e o atraso na entrega de documentos, que acorreram pelo menos 179 vezes; em terceiro, irregularidades em licitação, que incidiram por 165 vezes.Entre as outras ilegalidades mais persistentes nas contas estão o não recolhimento da contribuição previdenciária do servidor; repasse ilegal de orçamento ao Legislativo; realização de despesas sem recursos em caixa e a contratação de pessoas sem necessidade e sem concurso público.


Notícia Publicada no jornal “Folha do Estado” Mato Grosso - Últimas
Link: http://www.folhadoestado.com.br/



Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.

Nenhum comentário: