O lado bom da crise
A atual crise econômica mundial está surtindo efeitos no meio ambiente. Os últimos dados de satélites analisados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) indicam quedas expressivas na prática de desmatamento em toda a floresta Amazônica, nos últimos meses de 2008, exatamente o período em que a crise se acentuou. “A queda é consistente, seja qual foi a comparação”, analisa o pesquisador Adalberto Veríssimo, do Imazon. “Estamos vivendo um ciclo de queda no desmatamento, que começou mesmo antes da crise econômica. Aliás, ela está acentuando esta redução. A queda se explica tanto pela mão dura do governo quanto pela economia”, explica Veríssimo. Ele lembra que, até o início do ano passado, a atividade de desmatamento se manteve em alta. O declínio chegou com a política de repressão governamental às práticas irregulares de produtores da Amazônia Legal. Houve restrição de créditos, embargos e confiscos. As medidas surtiram efeito e, na outra metade de 2008, a queda na devastação da floresta amazônica já era evidente. Com a crise no mercado financeiro, a produção voltada para a exportação se viu ameaçada. E a demanda por ela diminuiu. Assim, o desmate iniciou uma nova tendência: o pesquisador chega a cogitar que, em 2009, a economia desaquecida continue a acometer a produção regional e provoque o menor índice de desmatamento já constatado. Para tanto, porém, “o Governo não pode só reprimir, tem de auxiliar os produtores agropecuários. A repressão às suas práticas irregulares deve ser acompanhada de medidas econômicas que garantam a sustentabilidade na produção. Estas, por enquanto, estão aquém do necessário”. Em novembro, Mato Grosso participou do desmatamento da Amazônia com uma fatia de 10% (o Pará foi responsável por 60%). Já em dezembro, o estado vizinho desmatou apenas 20% da área, deixando a liderança para Mato Grosso, com 65%. As áreas que sofreram exploração madeireira ou atingidas por fogo florestal (degradação progressiva) também foram detectadas pelo Imazon. Elas somaram 56 km2 em novembro de 2008, sendo 90% em Mato Grosso. Já no mês de dezembro, foram somente 13 km2, todos no Estado.Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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AMEAÇA À SAÚDE
Cemitério de carros preocupa vizinhos
Dois cemitérios de veículos velhos, no Centro Político Administrativo (CPA), podem ter se tornados criadouros perfeitos para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Um deles abriga carros apreendidos pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva). O outro fica do outro lado da sede da unidade policial, onde estão depositadas carcaças de 19 ônibus. Quem mora ou passa pelo local se preocupa. “Além de acumular água, dá muito mosquito o dia inteiro”, disse o responsável pela área particular onde ficam os coletivos e que não quis se identificar. Os veículos pertenciam à extinta empresa Estrela D’Alva/Nova Era.Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, a delegada adjunta da Derfva, Cleibe Aparecida de Paula, informou que os carros ou motos frutos de roubo ou furto são devolvidos às vitimas, quando identificadas, ou às seguradoras. Além disso, somente há cerca de quatro anos, os veículos ou peças apreendidos vão para judiciário juntamente com o inquérito policial. Já as sucatas que hoje se encontram no local são antigas, com até 15 anos. E nestes casos, como os processos são muito remotos, não se sabe qual é sua situação. “Para a polícia (civil) ter autonomia de destinação, é preciso criar uma lei estadual ou federal”, informou a assessoria. A responsável técnica do Programa da Dengue de Cuiabá, Alessandra da Costa Carvalho, informou que há uma semana agentes da dengue fizeram vistoria na região, o que incluiria os locais onde estão depositadas as sucatas. Segundo ela, em todo local em que foi detectado acúmulo de água foi feito o tratamento 100%, que consiste no uso de larvicida. “É uma estratégia usada nesta época do ano”, disse. Segundo ela, não foi encontrada larva do mosquito da dengue. Além disso, como ação de prevenção e controle, será feita ainda nesta semana borrifação nas áreas. “Isso para evitar maiores transtornos”, frisou.
Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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TRÂNSITO VIOLENTO
Menina de 11 anos morre atropelada
A garota Graziele Calixto Soares do Nascimento, de 11 anos, morreu atropelada na manhã de ontem, após sair de sua casa para fazer compras num mercado. Ela estava de bicicleta e foi atropelada por um microônibus que descia a avenida. O acidente ocorreu, por volta das 10 horas, na avenida principal do bairro São Sebastião, na região do Coxipó, em Cuiabá. Segundo o relato de testemunhas, a menina descia a avenida e o microônibus vinha atrás. Em dado momento, alguém teria acenado para o motorista Oséias José de Souza, de 39, parar e ele encostou rente ao meio-fio. “A garota vinha próximo da calçada e o guidão da bicicleta ficou preso ao ônibus e ela acabou sendo atropelada pela roda dianteira direita do veículo”, explicou um morador.
Moradores estão revoltados com a falta de sinalização no bairro, pois em dois meses é o segundo caso de criança que morre atropelada. No início de novembro, o garoto Weverton Nunes Alvarenga, de 13 anos, morreu atropelado por um motorista embriagado que pilotava um Opala e subiu na calçada com o carro, atingindo várias pessoas. Seu irmão Welington, de 12, sofreu ferimentos leves.
Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.
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