segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

CENTRO-OESTE MADRUGADOR (LIV)

BOLSO DO BRASILEIRO

Mudanças entram em vigor a partir deste ano


Mudanças no Imposto de Renda garantirão menos descontos para cerca de 24 milhões de brasileiros em 2009. As alterações aumentam em 4,5% as faixas salariais dos pagantes, conforme previsto em 2007, e criam duas novas alíquotas. Ao modificar o regime, o governo pretende liberar mais dinheiro, reduzindo a quantia retida na fonte, e assim estimular o consumo. Com a atualização, a equipe econômica estima queda de R$4,9 bilhões na arrecadação de 2009 e benefícios para a classe média. Desde a última quinta-feira, a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) traz duas faixas intermediárias de cobrança. Quem ganha até R$1.434 mensais continua isento do imposto retido na fonte. As mudanças começam na faixa que recebe de R$1.434 a R$2.866, que pagaria 15%. Surgiu um intervalo, a parcela com ganho de até R$2.150 passa a pagar 7% e a de até R$2.866 continua com o valor antigo. Pela regra anterior, os rendimentos superiores seriam tributados em 27,5%, mas uma nova alíquota responde pelo intervalo entre R$2.866 e R$3.582, que gastará 22% com o tributo. Apenas pessoas com ganhos superiores a R$3.582 pagará os 27,5%. A medida integra pacote anunciado no mês passado para injetar R$8,4 milhões na economia, com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis e do Imposto sobre Operações Financeira (IOF) do crédito a pessoas físicas. No entanto, as transformações podem trazer poucas mudanças sensíveis à população, de acordo com o economista Roberto Piscitelli. "A idéia é que, pagando menos impostos, as pessoas terão mais dinheiro para comprar e medida pode cumprir isso, mas é preciso atentar, pois, mesmo com o alarde do governo, podem não surgir tantos benefícios", ressaltou. A redução para primeira faixa de renda a pagar o imposto será de R$53,70. Para parcelas com os maiores rendimentos, o desconto representará mais R$35,80. Como a cobrança é cumulativa, a redução máxima será de R$89,50. Apesar de aprovar a medida, o economista afirma que o consumidor será pouco afetado pela redução do IPI, que serve para calcular as estimativas de lucro das indústrias. Sobre o IOF mais baixo, explica que "a ação reduz o custo dos empréstimos, mas os juros são mais terminantes".


Mercado interno segura a economia


O mercado doméstico vai diminuir a desaceleração da economia prevista para este ano. Executivos de indústrias dedicadas ao mercado interno estão bem mais otimistas com 2009 do que os exportadores. Essa é uma das principais conclusões de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir o humor e as expectativas dos industriais. De acordo com a sondagem, a confiança nos negócios para os próximos seis meses dos industriais especializados no mercado doméstico reduziu-se de forma moderada em novembro, enquanto a queda na confiança dos empresários dedicados à exportação - e da indústria como um todo - foi bem maior. Segundo a pesquisa, 31% das 137 indústrias voltadas para o mercado interno trabalhavam, em novembro, com cenário melhor para os negócios até maio. Enquanto isso, só 3% das 68 empresas exportadoras estavam otimistas e 22% das 1.112 indústrias como um todo tinham a mesma expectativa. Entre os empresários especializados no mercado doméstico, os mais otimistas são os fabricantes de cimento, embalagens metálicas, papel e artefatos para uso pessoal, produtos farmacêuticos e confecção e peças interiores do vestuário. "Há mais indústrias especializadas em mercado doméstico acreditando que a situação será melhor em seis meses do que companhias exportadoras, apesar da desvalorização cambial que, teoricamente, seria um estímulo às vendas externas", diz o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo. Especialistas dizem que há uma combinação de fatores para justificar a maior confiança no mercado interno: reajuste do salário mínimo; inflação em queda e as medidas do governo para estimular compras - como o corte nos impostos na venda de veículos. Esses fatores devem sustentar o mercado interno, mesmo que o fantasma do desemprego volte a assombrar os brasileiros em 2009. É o mercado interno, dizem os especialistas, que deve impedir uma queda maior do crescimento da economia. Em 2008, estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter crescido cerca de 5,8%. Para 2009, a projeção de mercado fica em torno de 2,5%. Se não fosse pelo forte consumo das famílias e pelos gastos do governo, provavelmente o País não escaparia de um ano de estagnação ou recessão, como se prevê nos países desenvolvidos.


Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
Link: http://www.tribunadobrasil.com.br/


USO ILEGAL

Barulho do comércio incomoda moradores

Em qualquer ponto do centro de Taguatinga é possível escutar as estridentes ofertas de anúncio. Caixas de som, carros com auto falantes e microfones são alguns dos meios que os comerciantes encontram para atrair os clientes que passam pela área central do comércio varejista de rua da cidade. A verdade é que o barulho incomoda mais do que seduz os moradores de Taguatinga. A situação é pior para quem mora no centro de Taguatinga, pois acaba tendo que conviver diariamente com a guerra do ruído pela atenção do consumidor que passa. E o som alto começa cedo. Para o servidor público Alexandre Martins, 39 anos, o incômodo do barulho é diário e não dá descanso. "Eu moro no centro e acordo diariamente com o barulho dos anúncios. Eles não aliviam, é de domingo a domingo. Começa depois das sete da manhã e vai até oito, nove horas da noite. Com isso, a qualidade de vida fica extremamente comprometida", desabafou. Em muitas lojas, os vendedores colocam o amplificador na calçada e começam a anunciar as ofertas de queima de estoque. Empresas maiores investiram pesado e disponibilizam um carro de som, tipo trio elétrico, para anunciar as ofertas. Eles rodam ininterruptamente durante o dia na área central. É impossível ignorar tanto ruído.


[Descumprindo a lei - E para coibir essa prática, existe uma lei distrital e outra federal que abordam a proibição da circulação de carros de som em áreas residenciais. Porém, parece que os empresários da região não abrem mão deste tipo de propaganda e preferem infringir a lei. De acordo com as normas estabelecidas com relação ao barulho, em áreas residenciais o nível máximo de ruído permitido por lei é de 50 decibéis. Já em áreas comerciais, esse número não pode passar de 60 decibéis. Contudo, no centro de Taguatinga, é fácil perceber que esses limites são ignorados. A legislação distrital classifica como poluição sonora "toda a emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde, à segurança ou ao bem-estar da coletividade". Um dos maiores avanços da nova lei contra a poluição sonora é a exigência de comprovação do isolamento acústico para a liberação do alvará dos estabelecimentos potencialmente barulhentos. O Distrito Federal já tinha uma legislação para controlar a poluição sonora, de 1996, mas o novo texto publicado no Diário Oficial deixa as regras mais claras e rígidas. Além das exigências de isolamento acústico e da proibição de carros de som em áreas com residências, escolas ou hospitais, o texto determina que estabelecimentos comerciais com nível de pressão sonora acima de 80 decibéis informem aos usuários sobre possíveis danos à saúde humana.].

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
Link: http://www.tribunadobrasil.com.br/
Link Foto: http://www.sulbandas.com.br/images/ja_kombi.jpg



Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.

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