segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

CENTRO-OESTE MADRUGADOR (XXXVI)

BACTÉRIA

MCR acomete mais seis

Cuiabá registrou este ano seis novos casos de pacientes contaminados por micobactéria de crescimento rápido (MCR) durante cirurgias por vídeo. Outros dois estão sob investigação em um laboratório fora do Estado. Desses, somente dois ocorreram em unidades hospitalares que já apareciam na lista anterior de notificações da doença. Oficialmente, 52 pacientes foram contaminados pela MCR em vídeocirurgias feitas no Estado entre 2006 e 2008. A maioria dessas cirurgias, pelo menos 45, ocorreu entre março de 2006 e junho de 2007 em dois grandes hospitais privados de Cuiabá: Santa Rosa e Jardim Cuiabá. As operações com maior número de registros são redução de estômago, refluxo, retirada da vesícula biliar, hérnia de hiato, e cirurgias plásticas, em especial implante de silicone (seios, nádegas e outros) e lipoescultura. Para tratar a doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) teve de criar um ambulatório específico. Essa unidade funciona dentro do ambulatório de doenças pulmonares. Há três tipos dessa micobactéria cientificamente identificados como fortuitum, chelonae e abscessus, que podem ser encontrados no solo e fontes naturais de água. Apesar de atingir praticamente qualquer tecido, órgão ou sistema do corpo humano, são mais freqüentes na pele e subcutâneos. O diagnóstico é feito pela análise microbiológica de tecidos e secreções demonstrando a presença do organismo. Estudos mostram que o ser humano tem uma boa resistência a MCR quando ingerido. Entretanto, tornam-se praticamente nula as defesas quando a bactéria é introduzida por perfurações na pele ou algum órgão interno como está acontecendo nas cirurgias de vídeolaparoscopia, de lipoaspiração, implante de próteses de silicone e outras. O tratamento das infecções dura no mínimo seis meses e inclui uma ou mais abordagens cirúrgica associadas ao uso de antibióticos fortíssimos (poliquimioterapia), que são fornecidos e controlados exclusivamente pelo SUS. Por causa dos efeitos colaterais da medicação, as vítimas precisam fazer acompanhamento e monitoramento da dos rins, audição, visão, pois a toxidade da medicação pode comprometer estas funções definitivamente. As vítimas em tratamento sofreram vários efeitos colaterais pelo uso da medicação como sono alterado, perda dos movimentos das pernas e braços, dores nas juntas, formigamento nas pernas pela dificuldade de circulação e problemas gastrointestinais. As medicações também podem provocar alergia e manchas na pele, dores no fígado e hepatite medicamentosa, perturbações visuais, inclusive com perda de visão, surdes parcial, problemas renais, entre outros tantos. Essas informações constam da lista de efeitos colaterais do antibiótico amicacina, um dos principais medicamentos do tratamento da MCR.


Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
Link: http://www.diariodecuiaba.com.br/


CINEMA

Lendário desbravador que sumiu em MT ‘vira’ filme


Passados 83 anos do desaparecimento do coronel inglês Percy Harrison Fawcett em terras mato-grossenses, a misteriosa história será tema de uma nova produção hollywoodiana. Em “The Lost City of Z”, o ator Brad Pitt interpretará o aventureiro que intrigou o mundo na década de 20 ao sumir na selva amazônica e fez da Serra do Roncador, no leste de Mato Grosso, um lugar envolto em lendas, curiosidade e misticismo. O filme de ação dirigido por James Gray é baseado no livro do escritor do jornal The New York Times, David Grann. Essa não é primeira vez que Fawcett serve como fonte de inspiração. Indiana Jones teria sido criado com base nos relatos dele, e inspirado George Lucas. Por trás do livro “O Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle, também estaria a figura do coronel inglês desbravador. A crença de que poderia encontrar uma “cidade perdida” na região norte de Mato Grosso levou Fawcett a se aventurar pela área com o filho Jack, e uma espécie de secretário, Raleigh Rimell. A idéia surgiu com a leitura de um documento na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, escrito em 1753 pelo bandeirante João da Silva Guimarães, que falava sobre o assunto, e que Fawcett interpretou como um sinal. Em 1921, o coronel veio a Mato Grosso, mas fracassou em seu projeto por falta de estrutura para explorar a floresta. Quatro anos se passaram e, em 1925, apoiado pela Real Sociedade Geográfica de Londres e pela família real, Fawcett iniciou sua expedição. Em 1908, Fawcett pisou em terras brasileiras com o propósito de demarcar a fronteira entre Brasil e Bolívia. Na época, relatou a amigos que viu na selva anacondas gigantes e macacos que atacavam gente. A última carta enviada por Fawcett à esposa Nina é datada do dia 30 de maio de 1925. Ele relatou que estaria nas margens do rio Manitsauá, informação que é contestada. O mistério já levou diversas expedições com grupos nacionais e internacionais ao local, desde a época do fato até os últimos anos, e também embasa teorias e lendas sobre qual teria sido o fim do coronel e dos dois acompanhantes.

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
Link: http://www.diariodecuiaba.com.br/


ALUGUEL DE GARAGEM

Procurando vaga? Estaciona lá em casa

A busca por vagas de estacionamento nessa época do ano chega a tirar do sério até mesmo pessoas mais controladas. Muitos motoristas precisam ser pacientes para conseguir domar as horas na luta para estacionar. No geral, muitos optam pela ilegalidade: filas duplas, parar em cima de calçadas ou no meio da rua, ocupar vagas reservadas para pessoas com deficiência e idosos. Em Taguatinga, a novidade é alugar a garagem da própria casa como estacionamento. Em uma residência na QSA 3, Taguatinga Sul, o morador, que não quis se identificar, colocou uma faixa na porta de sua moradia anunciando um estacionamento rotativo. "Estamos todos tentando se virar. Não tem vaga na rua, fazer o que?", indagou. A garagem, com capacidade para dez carros, recebe em média 50 clientes por dia. Os preços variam entre R$ 5 e R$ 15. Na região, outras duas residências também aderiram à prática ilegal. O problema em Taguatinga é antigo e parece não ter solução. Ao longo das ruas de quadras residenciais, como as QNBs e as QNAs, o número de carros estacionados chega a ser igual ou maior do que em áreas comerciais. O gerente de uma loja de calçados, Marcelo de Souza, diz que a situação piora nessa época do ano. "Muitos clientes acabam vindo a pé ou preferem ir ao shopping. Muitas das vagas ocupadas são de funcionários das lojas e não sobra lugar. É pouca oferta de espaço para muita demanda de automóveis. Aqui no centro de Taguatinga está saturado", avaliou.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
Link: http://www.tribunadobrasil.com.br/
Link Foto: http://www.fimdejogo.com.br/blog



Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.

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