segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

CENTRO-OESTE MADRUGADOR (XXX)

SÃO PAULO X GOIÁS

Mais uma vez o título é Tricolor


O São Paulo até figurou na zona de rebaixamento no início do Campeonato Brasileiro e, em determinado momento da competição, quando ficou 11 pontos longe da liderança, esboçou abdicar do direito de brigar pelo título. Mas, como os próprios são-paulinos disseram nas últimas semanas "deixaram chegar...". E o Tricolor chegou! Depois de assumir a ponta da tabela só nas cinco rodadas derradeiras, a vitória de ontem - 1 x 0 sobre o Goiás - no estádio Bezerrão, confirmou a sexta conquista - a terceira consecutiva - do clube do Morumbi. O São Paulo é campeão brasileiro pela sexta vez: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
Link: http://www.tribunadobrasil.com.br/


MATAGAL A DENTRO

Refúgio da delinqüência


No “coração” de Cuiabá, o Morro da Luz é um refúgio urbano. A vegetação típica do cerrado bem no centro da cidade mantém viva a história da Capital e alivia o calor dos cuiabanos. O morro que encanta quem o observa de fora é o mesmo que abriga um submundo de drogas, prostituição e violência do lado de dentro. Andar pelas 10 trilhas distribuídas em 10 hectares da mata verde seria uma aula sobre personalidades cuiabanas, não fosse o perigo que o local oferece. Poucos são os que se arriscam a caminhar morro adentro. Nem mesmo o trânsito de milhares de pessoas na avenida Prainha e rondas policiais inibem os que freqüentam a área e a utilizam como esconderijo. As marcas deixadas pelos vândalos no interior do parque são evidentes. Lâmpadas, bancos e até mesmo um chafariz, instalados durante a revitalização de 1999, praticamente inexistem. Os usuários de drogas e as garotas de programa também demarcaram seu território. Basta seguir uma das trilhas paralelas que se encontra um pequeno abrigo em meio ao mato e a sujeira, aonde nem mesmo a Polícia Militar consegue chegar durante a noite. A menos de 50 metros atrás da parada de ônibus da Prainha está o principal ponto de encontro dos delinqüentes. Eles carregaram um banco de praça para o barranco, que fica nos fundos de uma loja, e lá usam drogas, praticam sexo e brigam pelo espaço com os “concorrentes” sem ser incomodados. É lá também que eles se escondem quando assaltam populares na avenida. No local, dezenas de preservativos usados estão espalhados pelo chão e restos de latas e papéis, que servem para guardar e usar cocaína e craque, também são visíveis aos montes. A área tem subdivisões, para que vários grupos possam usufruí-la na noite. Se é quando o dia começa a escurecer que a presença dos “usuários” se intensifica, a luz do dia também não os assusta. “Já acordei e vi um homem enforcado na árvore em frente à minha porta. Direto vejo o pessoal usando drogas, mas o que mais me choca, é a pouca vergonha. Abrir a porta da minha casa e ter casais transando na nossa frente todo dia”, conta uma moradora que não quis se identificar por motivo de segurança. Há 23 anos ela mora no pé do morro. Sua varanda é separada do matagal apenas por uma cerca. A mulher relata que a presença de homossexuais na área é constante. “São pessoas bem vestidas, geralmente. Já vi de tudo aqui, homem transando com homem, velho com criança, menina de uniforme com homem. Isso acontece todo dia. A única coisa que me resta fazer é gritar: olha essa pouca vergonha aí, e eles saem”, disse. A mulher tem filhos adolescentes e além de adotar a estratégia da “boa vizinhança”, teve de desenvolver uma tática para proteger os filhos quando chegam à noite. “Eles me ligam, eu abro a porta com uma lanterna e olho tudo ao redor no morro. Se não tiver nada, ligo de volta para eles e espero eles chegarem aqui na escada”, contou. A casa que ficou de herança do sogro, ela não consegue alugar a cinco anos, muito menos vender. O policial militar Moacir do Amaral relatou que existem policiais na área o dia todo, até as 18 horas. Porém, os usuários ficam ao redor até a polícia sair. “O único jeito, é dar vida ao morro”, disse. Hoje, a única trilha que as pessoas usam para descer é a escadaria Dom Bosco, que mesmo oferecendo menos perigo, também não é sinônimo de segurança. O secretário municipal de Meio Ambiente, Osmário Daltro, afirmou que está terminando um projeto de revitalização para o Morro em 2009, e que durante o dia passarão a ser desenvolvidas atividades diárias, principalmente com escolas, dentro do parque. “Só assim mudaremos o perfil do freqüentador”, falou.

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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RECONHECIMENTO

Líder de creche recebe prêmio ‘Betinho’


A ex-empregada doméstica, hoje estudante do curso de Assistência Social, Creuza Maria da Silva, de 49 anos, moradora do bairro Pedregal, acaba de receber o prêmio nacional “Betinho Atitude Cidadã 2008” pela história de vida e ações sociais que desenvolve em Cuiabá há quase duas décadas. Concedido pelo Comitê de Entidades no Combate à Fome e Pela Vida (Coep), da chamada Rede Nacional de Mobilização Social, a premiação foi inspirada no legado do sociólogo Hebert Viana, o Betinho, que na década de 90 criou o maior movimento de combate à fome no Brasil. Há 16 anos, Dona Creuza, como é carinhosamente tratada, dirige uma creche filantrópica no bairro onde mora. A instituição atende 90 crianças com idade entre 0 e 4 anos, a maioria delas filhos de empregadas domésticas. Por traz da imagem conhecida pela luta em prol das crianças carentes e do jeito alegre e extrovertido, Creuza escondia um drama somente revelado em função da sua candidatura ao prêmio. Ela contou que na infância sofreu maus-tratos em casa, viveu nas ruas por muitos anos e usou os mais variados tipos de drogas. Ela não somente venceu o vício, como se tornou uma cidadã e mãe exemplar. Casada há 23 anos com o pedreiro Otávio Feitosa Silva, Creuza tem quatro filhos. Mãe orgulhosa, ela conta “meu filhos são maravilhosos, estão todos aí, estudando, trabalhando e lutando por uma vida melhor”. Duas filhas dela são professoras, outra faz faculdade e o caçula acabou de prestar vestibular na Universidade Federal de Mato Grosso. Creuza, que teve o nome indicado por representantes de instituições filantrópicas, concorreu ao prêmio por votação na internet. “Esse prêmio aumenta minha responsabilidade, nos estimula a trabalhar cada dia mais”, lembrando que está na expectativa de novas parcerias e doações para a festa de Natal da creche (3653-5919). Concorreram com ela dois importantes líderes de ações sociais em Cuiaba: Lucílio Libânio de Souza, ligado aos movimentos sociais da Igreja Católica, e Lúcio Monteiro Lima, presidente do Fórum Municipal do Adolescente pela Sociedade Mato-grossense de Pediatria, e membro fundador da Creche Espírita Caminho Redentor, abrigo para crianças portadoras de deficiências. (AA)

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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PRONTO PARA IR À MESA

Comodidade supera alta


A ‘terceirização’ da cozinha para as grandes festas de fim de ano parece já ter sido incorporada aos hábitos de boa parte das famílias cuiabanas. Este ano, apesar do reajuste dos preços, que em alguns casos chegam a 25% em relação aos adotados em 2007, as encomendas das ceias de Natal já estão em ritmo acelerado. Buffets, que tradicionalmente trabalham com festas e eventos sociais, e também alguns restaurantes, já estão recebendo encomendas de seus kits para o Natal. A praticidade de ter tudo à mão no momento da ceia sem a correria e o stress de perder horas preparando o jantar de final de ano da família, com pratos sofisticados e receitas mais elaboradas, tem levado cada vez mais às famílias a optarem pela ‘terceirização’ da cozinha. Na relação custo-benefício a ‘terceirização’ tem se mostrado uma opção prática e econômica, principalmente para àqueles que na correria de final de ano não dispõem de tempo para este tipo de tarefa doméstica e tão pouco fazem questão dela. Quanto maior a disposição para o investimento, mais elaborada se torna a ceia.

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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SÍFILIS

Recorde amargo


O Distrito Federal superou a média nacional em casos de bebês com sífilis. Em 2008, no período de janeiro a setembro, 61 crianças nasceram com a doença. O número de nascimentos infectados é o maior da região do Centro-Oeste e está acima da média brasileira. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, no ano passado, foram registrados 96 casos. Em 2006, o número era menor, apenas 26. Ao todo, ainda de acordo com a secretaria, 96% das gestantes recebem acompanhamento em postos de saúde, mas muitas vezes não finalizam o tratamento porque os exames do pré-natal demoram a ficar prontos. A prevenção é muito importante, pois o bebê com sífilis congênita (sífilis transmitida pelo sangue da mãe com sífilis a seu bebê no útero) nasce sem nenhum sintoma. Os sinais só vão aparecer com o tempo e serão para a vida toda. Conseqüências como má formação de ossos e dentes, deficiências mental e auditiva, problemas de coração e possível cegueira. Dependendo do tempo de infecção da mãe, o tratamento no recém-nascido pode não ser suficientemente satisfatório e não dar resultados. Porém, o tratamento durante a gestação é simples e rápido. Ele é feito com doses diárias de penicilina em um período de três semanas. Com isso a mãe fica curada e, conseqüentemente, não passa a doença para o bebê. Contudo, após a cura os cuidados devem continuar. Segundo o médico Leonardo Carreira, o risco de uma nova contaminação existe. "A paciente deve ser tratada e o parceiro também", explicou.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.

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