O ladrão que se tornou santo

Fortaleza. Em 1999, uma visita ao Cemitério de São Benedito durante o Dia de Finados fez com que a historiadora Michelle Maia encontrasse o tema de uma pesquisa que se estenderia por seis anos. Recém-chegada à cidade, ela estranhou a aglomeração de gente e o grande número de velas e lembranças depositadas em um dos túmulos, que na época não tinha sequer identificação. Mas ao perguntar quem era, disseram apenas que o nome do morto era João e que ele havia morrido queimado. Resposta, para ela, insuficiente para justificar a mobilização em torno do local.O túmulo guarda os restos mortais de João das Pedras, o ladrão mais conhecido de São Benedito durante os anos 70. Isso mesmo. Um ladrão que, por conta de sua morte trágica e toda uma mitologia criada a seu respeito ao longo do tempo, passou a ser objeto de culto da religiosidade popular. Na cidade, João das Pedras é o morto que mais recebe visitas e encomendas de missas, mesmo à revelia da Igreja Católica.
“Muitas pessoas que entrevistei justificavam o fato dele ser ladrão dizendo que ele roubava apenas roupas e alimentos para doar aos pobres, além de nunca ter cometido um ato violento. E como ele conseguiu fugir várias vezes da cadeia, muita gente diz que ele tinha o corpo fechado por uma oração dada pela avó, que ele sempre carregava”, explica Michelle. Mas na opinião da historiadora, o fato determinante para que ele fosse considerado um santo foram as circunstâncias em que ele morreu. Em 1978, depois de três tentativas de arrombamento, Epifânio Rodrigues instalou de forma ilegal uma cerca elétrica na casa.
Notícia publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará
Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=588097

Demarcação desagrada índios e brancos
Palmeira dos Índios – Despacho da Fundação Nacional do Índio (Funai) publicado no Diário Oficial da União em 20 de outubro conseguiu desagradar índios, procuradores federais, políticos e proprietários de terras em Palmeira dos Índios. O ato delimita 7.073 hectares de terras – área atualmente ocupada por 463 propriedades rurais – para a tribo Xucuru-Kariri, extensão fundamentada no mais recente estudo antropológico sobre a presença do índio na região.
Lideranças da tribo formada pela união de duas nações alegam que o território a ser devolvido abrange 13.670 hectares, reivindicação baseada em levantamentos anteriores da própria Funai, considerada justa por representantes do Ministério Público Federal que atuam na questão. Preocupados com a perda de patrimônio herdado ou adquirido, fazendeiros e pequenos agricultores contestam o ato e buscam apoio político para tentar barrar o processo que já é irreversível.
Notícia publicada no jornal “Gazeta de Alagoas”
Link:http://gazetaweb.globo.com/v2/gazetadealagoas/texto_completo.php?cod=137375&ass=59&data=2008-11-09
TURISMO
Terceiro ano com a orla ainda em obras
A orla de Salvador entrará no terceiro verão como um canteiro de obras. O impasse entre prefeitura, órgãos ambientais e barraqueiros, intermediado pela Justiça Federal, continua. Nas praias de Amaralina, Pituaçu, Jaguaribe, Piatã e Stella Maris, há barracas funcionando sem estrutura adequada, com obras embargadas. O improviso em lona e madeirite afasta visitantes e já reduziu vendas em mais de 50%.A Associação de Comerciantes de Barraca de Praia da Orla de Salvador espera que haja uma reunião com todos os órgãos envolvidos para fechar um acordo imediatamente. Entretanto, defendem que as intervenções maiores sejam feitas após o verão. “Mesmo precariamente, temos de trabalhar no verão porque é quando tem movimento”, afirma o vice-presidente da associação, Renato Mota.Os que também não estão satisfeitos com a situação são os banhistas. O bancário Evandro Silva mora na Pituba e diz ter vergonha de levar um turista para a orla do bairro. “É preciso organizar, oferecer infra-estrutura às barracas e conforto para a gente”. O procurador-geral do município, Pedro Guerra, pretende agendar, na próxima semana, reunião com o Ministério Público Federal (MPF) e as partes envolvidas no processo.Pedro Guerra informou que também fará pedido por escrito para o juiz da 13ª Vara Federal se pronunciar sobre o último projeto enviado. “Só temos duas soluções, ou o acordo com homologação da Justiça ou decisão judicial favorável ao projeto enviado. Nenhuma depende exclusivamente do município”, resume. Durante a campanha à Prefeitura de Salvador, João Henrique disse que daria prioridade para solucionar o impasse das barracas de praia. “Na campanha, ele se comprometeu, agora estamos ansiosos esperando essa reunião”, ressalta Werico Rodrigues, presidente da associação de donos de barracas de praia.
Notícia publicada no jornal “A Tarde” da Bahia
Link:http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1004119
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