segunda-feira, 3 de novembro de 2008

NORDESTE MADRUGADOR (XXIX)

BOLSA FAMÍLIA
Os desafios do Bolsa Família

Uma coisa é correto afirmar: dinheiro não dá em árvore ou cai do céu, mas para 50 milhões de brasileiros receber uma quantia líquida e certa todo mês parece um milagre. No caso, essa “ajuda divina” é possível graças ao Programa Bolsa Família (PBF), que tem como principal trunfo atender a um direito básico dos seres humanos, que é o acesso ao alimento. Ninguém pode negar: em um curto espaço de tempo, o PBF conseguiu resgatar da condição de miseráveis pessoas que nem esperança tinham mais.

No entanto, o programa tem recebido críticas de vários segmentos sociais, tanto da esquerda quanto da direita.

A principal acusação é que ele seria um programa assistencialista, um programa que vicia, motiva o ócio e de que exclui muitos dos que vivem abaixo da linha da pobreza devido às suas rigorosas condicionalidades. “São críticas de quem não passa fome”, detona a professora e socióloga Elza Franco Braga, da Universidade Federal do Ceará (UFC), também membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e do Observatório de Políticas Públicas.
Pesquisas, afirma ela, mostram uma nova realidade na vida das famílias beneficiárias. “Nos lares atendidos pelo Bolsa Família, as pessoas utilizam mais recursos em alimentação e material escolar. No Nordeste, 91% dos assistidos gastam a maior parte do dinheiro recebido para comprar comida”. Elza desenvolve uma pesquisa qualitativa junto às comunidades cearenses beneficiadas pelo Bolsa Família. Segundo a professora, uma das principais contribuições foi em relação à redução da pobreza, que caiu de 28% para 18% de 2003 a 2007. No Estado, os gastos mensais do programa Bolsa Família superam a barreira dos R$ 78 milhões. Ao todo, 893,2 mil famílias têm acesso ao programa. Até o fim deste ano, o número de famílias beneficiadas deverá ultrapassar 900 mil. Mas, como continuar distribuindo dinheiro para quem ainda não tem emprego, sem perpetuar a pobreza?
Para estudiosos, como Elza Braga, o PBF é insuficiente para resolver o problema da miséria, mesmo tendo atenuado as desigualdades sociais. Uma das falhas mais graves do programa, indica, é a falta de agilidade para desenvolver ações em parceria com outros programas estruturantes, como os ligados à economia solidária ou cursos de educação profissionalizantes de qualidade. “Sabemos que se trata de uma questão complexa, mas que necessita ser experimentada de forma mais sistemática e com acompanhamento social, envolvendo o poder público e a sociedade civil local”, analisa.

Notícia publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará

VIOLÊNCIA

Crimes passionais são maioria


Intolerância, ciúme, possessão e agressividade. O resultado desse conjunto de sentimentos e reações humanas tem feito os crimes passionais figurarem como um dos principais alimentadores das estatísticas da violência. No Ceará, a média de 100 assassinatos de mulheres a cada ano tem sido mantida com pequenas variáveis. Em 2006, foram 115 crimes, outros 118 em 2007. Este ano, já são 77 mulheres executadas, totalizando, assim, 310 homicídios em três anos.Pelo menos 48 casos registrados no Ceará, em 2008, foram praticados por motivos passionais. O mais recente ocorreu há uma semana, em Fortaleza, quando a cozinheira Ana Paula Fernandes Leite, 36, foi morta, a facadas, dentro de um restaurante, no bairro Jacarecanga. O acusado do crime é o ex-marido de Ana Paula, Glaudison Macedo Martins, que tentou se suicidar logo após o crime, mas acabou preso e levado para o hospital.

Notícia publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará

Link:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=586465

Figurões do crime ampliam negócios e investem na PB

As operações de combate ao crime organizado no sul do país têm transformado o Nordeste em esconderijo debandidos. Policiais de estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm estendido suas inverstigações para o Nordeste e a Paraíba na lista dos que têm investimentos com dinheiro proveniente da lavagem de dinheiro do crime organnizado.
O Nordeste é uma das principais regiões escolhidas pelos bandidos para se esconder. Eles sempre procuram áreas praieiras ou municípios de pequeno porte. Nesses locais, eles usam o dinheiro sujo do tráfico de drogas e do crime organizado para investir e escapar da polícia.

Na Paraíba, bandidos como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, encontrou no Estado o local perfeito para se esconder e expandir seus negócios. Daqui, eles comandavam o crime em vários estados do País, além de terem uma vida tranqüila, longe dos investigadores do Sul do País.
No entanto, muitas vezes, por possuírem muito dinheiro, eles não se contentam com uma vida humilde e passam a viver no luxo, o que não é comum na cidade onde estão e isso chama atenção da polícia. Na Paraíba, vários bandidos foragidos, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro, já foram presos depois que a polícia passou a investigar a vida e o patrimônio de cada um.
Outro fator que também tem facilitado à prisão desses bandidos é o trabalho integrado que vem acontecendo com todas as policiais do Brasil. Por meio de um sistema de Segurança e Informação, os Estados trocam informações e entre si sobre atuação das quadrilhas de uma forma que elas acabam cercadas e presas.
Notícia publicada no jornal “O Norte” da Paraíba

Link:
http://jornal.onorte.com.br/domingo/cidades/








Nenhum comentário: