terça-feira, 18 de novembro de 2008

NORDESTE MADRUGADOR (XLIV)


RADIAÇÃO

Navio com urânio em Cabedelo

O navio holandês Kent Explorer, que transporta uma carga de urânio, atracou no Porto de Cabedelo. O navio aportou na Paraíba para ser carregado com cerca de 3 mil toneladas de cordas de sisal, mas no local não há nenhuma informação sobre o material que já vem sendo transportado nas embarcações, segundo o presidente do Porto, Eurípedes Melo.
Ele disse que se o navio já vem habilitado pela Marinha e pela Segurança Nacional, não inspira qualquer risco, esclarecendo, ao ser questionado sobre os riscos do transporte de material radioativo, que a embarcação não representa perigo ao meio ambiente. "Se ele chegou até aqui é porque não há nada que sugira problemas ou preocupações", explicou. Na manhã de ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma inspeção no navio. Nestas vistorias são verificadas as condições da embarcação, a carga que está sendo transportada, se há produto sob controle sanitário. Eles verificam ainda o estado clínico da tripulação.
De acordo com a coordenadora da Anvisa, Rosângela de Queiroz Barreto, a carga do Kent Explorer não está sob o controle da Vigilância Sanitária. "Por isso, solicitamos um manifesto de carga, que é de sisal e urânio", disse. Junto com o manifesto, foi observado um documento expedido pela Marinha do Brasil. A coordenadora explicou que é um termo de responsabilidade, confirmando que a carga foi cuidadosamente verificada. No documento, a Marinha assume inteira responsabilidade e assegura que a carga obedece todas as normas de segurança da autoridade marítima.

Notícia Publicada no jornal “O Norte” da Paraíba

Link: http://jornal.onorte.com.br/terca/cidades/

ECONOMIA

Exportações do RN caem 30% com retração do mercado


As exportações do Rio Grande do Norte despencaram em outubro, com uma redução de 30% em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre os motivos que puxaram as vendas externas no estado para baixo, estão desde incentivos fiscais por parte do governo cearense até retração no mercado consumidor europeu, devido ao clima recessionista que tomou conta da economia internacional. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o RN exportou US$ 35,9 milhões (R$ 81,4 milhões) em outubro. O valor mais alto do ano, porém bem abaixo do que foi registrado em outubro de 2007, quando as vendas somaram US$ 51,6 milhões (R$ 117,1 milhões). Os motivos são diversos. Muitos deles atingem o principal item da pauta, o melão. O presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex, entidade que reúne os fruticultores do RN), Segundo de Paula, diz que muito melão produzido em solo potiguar está sendo exportado pelo Ceará, onde o porto tem estrutura bem superior ao de Natal. Outro ponto para o estado vizinho são o pagamento da Lei Kandir (que ressarce os exportadores dos impostos pagos nos insumos), e os incentivos fiscais. De acordo com Segundo de Paula, custos de grande peso, como embalagens e transporte têm isenção de impostos estaduais no Ceará. Esses argumentos têm sido importantes para produtores desviarem seus cultivos para o Ceará, seja deixando de plantar no RN ou simplesmente unindo a produção dos dois estados e levando para sair pelos portos cearenses. Os dados do Ministério transformam isso em números. De janeiro a outubro, enquanto a exportação de melão no RN caiu 21,87%, no Ceará cresceu 174,53%. A crise financeira internacional e o recuo do consumo, aliado ao aumento da desconfiança dos consumidores, também trabalham contra as exportações do RN. O que, como explica Segundo de Paula, acontece com mais rigor no mercado europeu, principal destino das vendas potiguares. “Eles são mais sensíveis ao clima de recessão e logo param de comprar para economizar” De acordo com ele, essa postura também é prejudicial ao melão, porque é uma fruta fresca que não pode passar muito tempo sem ser vendida.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Norte” do Rio grande do Norte

Link: http://tribunadonorte.com.br/93318.html


SUSTO

Sismógrafo causa medo na zona rural


Quixadá. Lavradores da localidade de Engano, na zona rural desse município, tomaram uma atitude inusitada neste fim-de-semana. Na noite do último domingo, quatro deles foram deixar dois cilindros, considerados “misteriosos” na Delegacia de Polícia do município. Os objetos foram deixados à margem da estrada de acesso à Serra do Estevão. Um dos moradores encontrou os equipamentos parcialmente enterrados no chão. Assustados com a possibilidade de serem nocivos à comunidade desenterraram os dois cilindros e resolveram entregá-los às autoridades de segurança pública.O inspetor Erismar Beserra Granja e o perito criminalístico Maxwell Lima de Sales ficaram surpresos com a atitude dos agricultores. O agricultor que encontrou os dois aparelhos acreditava ser algum tipo de bomba. A verdade é que a novidade mexeu com a vizinhança. Muita gente ficou assombrada. Alguns nem dormiram em casa. Acreditavam que a parafernália poderia explodir a qualquer momento.O alívio chegou somente na manhã de ontem, quando os policiais estiveram no local e explicaram às famílias que os “objetos estranhos” na realidade são aparelhos de análise sismológica, usados por estudiosos em experiências relativas à crosta da Terra. O perito identificou os equipamentos pela internet. A pesquisa foi feita a partir da marca de um deles. A informação foi reforçada por especialistas da Defesa Civil do Ceará. Segundo o chefe do Laboratório de Sismologia do órgão estadual, Francisco das Chagas Brandão Melo, o material encontrado está sendo utilizado num programa especial denominado Projeto Milênio. Os estudos são desenvolvidos pelo Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UNB). As pesquisas são coordenadas pelo Dr. Reinhardt Fuck. Até o encerramento desta edição, a reportagem e nem a polícia haviam conseguido contato com o especialista.

Notícia Publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará

Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=590733


DOENÇA

Botulismo provoca mortalidade de bovinos


Crato. O fantasma da seca começa a rondar o sertão, como ave de má agouro. A primeira vítima da falta de chuvas é o gado. No Cariri, uma das regiões mais férteis do Interior, já morreram mais de 100 reses. Somente numa pequena propriedade em Crato morreram, em uma semana, 17 vacas. Algumas delas caíram mortas dentro do currais juntas com os outros animais. Além da falta d’água, a estiagem provoca o surgimento de outro grave problema para a pecuária: o botulismo, segundo o criador Renato Bacurau. Ele já perdeu dois animais na semana passada.Na explicação do médico veterinário Ricardo Martins Pierre, o botulismo é uma forma de intoxicação alimentar rara, mas potencialmente fatal, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo e em alimentos contaminados e também mal conservados.Ele diz que a doença só pode ser diagnosticada em laboratório. No entanto, pelos sintomas apresentados pelos animais, as evidências confirmam que o gado do Cariri está sendo acometido pelo mal. Sua ação nos organismos infectados ocorre de forma bastante rápida, levando os animais à morte em, praticamente, 100% dos casos, antes mesmo de o criador se dar conta do problema.

Notícia Publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará

Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=590728

Matérias selecionadas por Nathalia Andrade, colaboradora deste blog.

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