domingo, 19 de outubro de 2008

NORDESTE MADRUGADOR (XIV)



A matéria principal do Blog Madrugador (XIV), capturada por Nathália Andrade, lembra aos moradores do Recife, capital de Pernambuco, o problema da perfuração indiscriminada de poços artesianos principalmente na Praia de Boa Viagem. Quanto à ação da empresa paulista Galvani é o oposto do que pregam os ecologistas de São Paulo.

SECA

Lapão de terras secas

A extração irregular de água na microrregião de Irecê pode estar contribuindo para o esvaziamento dos poços artesianos em Lapão, a 500 km de Salvador. A escassez hídrica no subsolo, de acordo com o Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo (IPT), é associada às rachaduras nas ruas, propriedades rurais e casas do município. A Galvani – mineradora com sede em São Paulo que extrai fosfato em Irecê para produção de fertilizante – retira água de poços de agricultores desde abril sem licença ambiental.

A água é componente fundamental no processo de extração do minério, mas, de acordo com o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Iingá), antiga Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), a Galvani possui somente três poços autorizados para abastecimento industrial, todos em sua propriedade. O problema é que a empresa adquire diariamente cerca de 1.740 m³ de água de outras três perfurações localizadas em propriedades rurais, cuja concessão se restringe à agricultura. O volume dá para encher 3,7 piscinas semi-olímpicas por dia.

Outorga - Lapão tem cerca de 3 mil perfurações artesianas, um poço para cada 8,8 habitantes e 60% irregulares junto ao Ingá. O diretor de regulação do órgão, Luiz Henrique Pinheiro, diz desconhecer a situa ção da Galvani. “Pretendemos fiscalizar esta empresa, inclusive se a outorga dos poços regularizados não já venceu”, disse. Pinheiro se mostrou preocupado “com a gestão das águas subterrâneas na região”, e garantiu que uma inspeção do Ingá deverá precisar a gravidade do problema até o final do ano.

Notícia Publicada no jornal “A Tarde” da Bahia

Link: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=988013

Municípios baianos na lista de situação de emergência

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, assinou portarias reconhecendo a existência de situação de emergência em 57 municípios, pelo prazo de 90 dias, por atravessarem período de seca. A maioria das cidades - 25 - fica em Minas Gerais. Oito são da Bahia, sete de Santa Catarina e seis do Piauí.
Na lista dos considerados em emergência, estão ainda três municípios da Paraíba, dois do Maranhão, dois do Rio Grande do Sul, dois de Pernambuco, um do Espírito Santo e um de Mato Grosso.

O reconhecimento da situação de emergência foi feito pelo ministro da Integração com base em informações da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Notícia Publicada no jornal “A Tarde” da Bahia
Link: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=987867



SEGURANÇA

Espaços viram condomínios fechados

As placas instaladas em altas grades de segurança anunciam a presença de crianças e pedem respeito ao limite de velocidade – 20 km. Mas você não está diante da portaria de um condomínio fechado, e sim de uma das dezenas de ruas de Maceió onde os moradores criaram um meio muito peculiar de se proteger da violência urbana: eles simplesmente fecham a rua e instalam guaritas para restringir o acesso de pessoas à via, até então pública.

A quantidade de ruas com essas características tem crescido a cada dia na capital e há muito tempo deixou de ser exclusividade dos bairros periféricos, para fazer parte do cenário urbano em bairros próximos à região central da cidade, como Feitosa e Serraria. Neste último, até mesmo conjuntos considerados de classe média alta, como o Murilópolis, já adotaram esse tipo de providência.

Código estabelece fechamento de ruas

O diretor técnico da SMCCU explica que os casos onde a ocupação de uma área pública é permitida estão previstos e regulamentados no Código de Urbanismo e Edificações do Município, onde está exposto o que pode e o que não pode ser feito com a concessão pública.
É na Subseção 8, onde estão concentrados os artigos 211 a 225, que os técnicos da SMCCU encontram subsídios para fiscalizar as áreas.
No artigo 215, por exemplo, é citada a possibilidade de instalação de mecanismos para controle da acessibilidade ao sistema viário do loteamento por meio da utilização de portões, portarias e guaritas. No parágrafo 4° do mesmo artigo, o texto define a altura máxima de três metros para os equipamentos de fechamento do loteamento.

Notícia Publicada no jornal “Gazeta de Alagoas”


SAÚDE

Pombos representam riscos à população

A imagem mística que transmitem, presente em signos religiosos e em nove entre dez mensagens na Internet quando o assunto é paz, acaba sendo, curiosamente, um dos obstáculos à conscientização que as autoridades de saúde cobram da população para conter a proliferação de pombos. Poucos os vêem como ameaça, somente as populações mais diretamente atingidas pelos transtornos que provocam sabem da real dimensão do problema e até mesmo algumas pessoas desse mesmo grupo, como atestam síndicos de condomínios onde ocorrem problemas, se negam a combatê-los.

Notícia Publicada no jornal “Gazeta de Alagoas”


BIODIESEL

RN estuda produção de microalgas para fazer biodiesel

Esqueça a soja, a mamona, o girassol, o pinhão manso e a palma. Um projeto inédito no Nordeste feito em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Petrobras e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) está desenvolvendo uma maneira de cultivar microalgas em larga escala para produzir de forma econômica o biodiesel.A produção de biodiesel a partir de óleo de microalgas apresenta-se como uma boa solução tendo em vista a necessidade urgente de encontrar alternativas para substituir o petróleo na produção de energia. Sem contar que as microalgas têm se apresentado mais produtivas do que as outras oleaginosas e de quebra ajuda na preservação do meio ambiente.

“Em relação à produção de óleos, as microalgas, em laboratório, são pelo menos 15 vezes mais produtivas que a palma, que é a oleaginosa de maior produtividade. Além disso, a área ocupada na sua produção é 100 vezes inferior à das culturas tradicionais. Ou seja, são precisos apenas 2.500 hectares para abastecer uma refinaria de 250 mil toneladas, contra a necessidade de 500 mil hectares de soja e de 250 mil hectares de girassol para produzir a mesma quantidade de óleo”, explica a coordenadora do projeto e do Laboratório de Anatomia Vegetal da UFRN, Juliana Espada Lichston.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Norte online” do Rio Grande do Norte

Nenhum comentário: