quarta-feira, 24 de setembro de 2008

VENTO NEM SEMPRE É DE GRAÇA

A estudante de Jornalismo Andressa Anjos posta uma matéria, veiculada no jornal cearense Diário do Nordeste, sobre o custo para produzir energia com a força do vento. Os preços de geração são mais altos que os da energia produzida pelas hidrelétricas.

Para a maioria das pessoas que paga para ter energia em casa, na fábrica ou no escritório, é meio difícil entender a razão disso. A Natureza, desde que preservada, produz água de graça. O meio-ambiente, sem agressão, gera o vento que “balança a palha do coqueiro”.

A razão está nos custos dos equipamentos. O maquinário para transforma o vento em energia ainda é caro. Mas o que custa os olhos da cara é a energia solar. Para se ter uma idéia desses custos, o engenheiro José Carlos de Miranda Farias, diretor de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), revela: “enquanto a geração hidrelétrica no Brasil tem custo médio de R$ 100 o MWh, a eletricidade gerada a partir da força dos ventos sai a R$ 270 o MWh — 170% mais elevado. Em relação à energia solar, ela apresenta custo de geração da ordem de R$ 500 o MWh — 400% mais cara do que as fontes tradicionais”.

Moral da história: como a humanidade ainda não desenvolveu uma tecnologia que barateie os custos de produção eólica e solar, as energias alternativas dependem de incentivos governamentais, a exemplo da Espanha, o segundo maior produtor de energia eólica do mundo, depois da Alemanha e à frente dos Estados Unidos, e pretende continuar aumentando sua infra-estrutura para em 2012 ter duplicado as cifras atuais.

A geração de energia de fonte eólica na Alemanha é de 17.743 megawatts ao ano, seguida por Espanha com 9.653 e EUA com 8.500. Quanto aos países do Sul, os louros vão para a Índia, com 4.300 megawatts, seguida de China com 765, Egito com 145 e Marrocos com 64.

Mas o governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero impulsionou em maio leis no sentido de reduzir o apoio oficial à produção energética a partir de fontes renováveis, o que provocou irados protestos de organizações da sociedade civil.

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