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São Miguel Paulista, bairro popular de São Paulo conhecido como berço da migração nordestina, foi o cenário para o livro “Um Nordeste em São Paulo”, que retrata a história da migração e os impactos que o processo de urbanização causou no local, modificando a classe dos trabalhadores do Brasil após a II Guerra Mundial. O livro terá três lançamentos nos próximos dias: 30 de setembro e 2 de outubro em São Paulo, e dia 8 de outubro no Rio de Janeiro.
O autor da publicação é Paulo Fontes, doutor em História Social, professor e pesquisador do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na publicação, ele analisa a necessidade de redes sociais na construção da identidade brasileira e na luta pelos direitos trabalhistas.
O livro mostra, através da dinâmica na qual relaciona os processos de formação operária e as questões ligadas às lutas sindicais com o cotidiano e a migração, as várias faces do período histórico marcado pelo intenso processo migratório e novas experiências trabalhistas.
A publicação se divide em cinco capítulos que destacam: a importância da migração interna na constituição da classe trabalhadora paulistana entre as décadas de 1940 e 50; a história do bairro de São Miguel Paulista como exemplo de urbanização da cidade; a participação dos trabalhadores na construção urbana local; e a relação entre os movimentos sociais de âmbito nacional, a política e os trabalhadores migrantes.
Além do lado histórico, é ressaltado também o aspecto social e cultural do período, que, segundo o próprio autor, se constitui em uma temática atual. “Acredito que a eleição e reeleição de um migrante nordestino à presidência da República deva ter aguçado o interesse geral por estes temas. Além disso, parece-me que há um renovado movimento de valorização de histórias locais e de bairros. Este livro dialoga diretamente com este interesse e, neste sentido, pode ser de grande valia para professores, estudantes e cidadãos empenhados em compreender melhor a história de suas cidades", explica Paulo Fontes.
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