ERVAS MEDICINAIS: CURA PELA NATUREZA

Este texto foi postado por Cristiane Condé, aluna do Curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco.

Há mais de 20 anos, Dona Cêça, cujo nome é Maria da Conceição, 51 anos, é vendedora de ervas medicinais. Com tradição familiar, Dona Cêça começou seu comércio no Mercado da Encruzilhada. Única de quatro irmãos a seguir a profissão dos pais, ela conta que nunca esteve num hospital, tendo os filhos e netos todos tratados com chás.
Hoje com seis boxes, comercializa ervas medicinais, gastronômicas e espirituais no Mercado de São José e conta com clientes de diversas partes do mundo. Cariocas, italianos, espanhóis. “Eles sempre vêm aqui em busca de pimenta, licor e as garrafadas, que eu mesma as preparo, levam meu número de telefone e sempre pedem mais depois.”. Mas nem sempre é assim. Com um público diversificado, jovens, adultos e idosos, há muitos que não sabem o que comprar e chegam pedindo indicação.
Assim como os remédios nas farmácias há inúmeras ervas. As medicinais mais procuradas são as verdes (Alecrim, Hortelã, Agrião, Mastruz e a Vesga-Morta usada para cólica menstrual, também conhecida espiritualmente como Levante, para levantar o astral). Há também as ervas secas (Aroeira, Cajú-Roxo, Rabo-de-Cavalo), e a Cebolinha Branca, usada como lambedor, para expectorar a garganta e limpar os pulmões, como para mulheres que buscam se livrar do corrimento vaginal.
Segundo Maria da Conceição Silva, 72 anos, cliente do local, “As ervas são uma bênção”. Aos quatorze anos ela foi curada de hemorróidas com erva babosa. “Confio e acredito”, diz.
Por serem naturais as ervas não possuem contra-indicações e agem como terapia de ajuda, porém em caso de doenças mais graves o acompanhamento médico não deve ser descartado.