PREFEITURA BANCA CHEIRO DE CHÃ DE ALEGRIA

José Torres, o repórter-carnavalesco, foi a Chã de Alegria conferir o "Banho de Cheiro". Viu a nuvem, na foto de cima, formada pelas gotículas de água. E fotografou um detalhe do sistema de aspersão da água nas ruas da cidade. Tudo feito com recursos da Prefeitura.

Na domingo de carnaval, tirei a tarde para conhecer o "Banho de Cheiro" na cidade de Chã de Alegria, distante do Recife, 56 kms. Ouvia falar do tal banho e as pessoas empolgadas relatavam da sua magnitude. Comprovei com os meus próprios olhos que os habitantes daquela cidade realmente têm razão de se orgulhar do evento carnavalesco. Ao adentrar na cidade, senti uma enorme dificuldade para encontrar um lugar adequado para estacionar o carro e isso comprovava de que o Banho de Cheiro realmente é fator de aglutinação da população local como de toda a região da mata norte do estado. Chã de Alegria conta com apenas 11 mil habitantes entre cidade e zona rural do município, porém, no período dedicado a Momo, a cidade recebe muita gente de fora, inclusive pessoas vindas da capital, Recife. Alguns falam em 30 mil pessoas, exageros a parte, eu diria que 5 mil pessoas/dia é o público do referido evento. A não ser que os três últimos dias, segunda, terça e quarta-feira de cinzas alcance um número maior de foliões. Uma canalização acima de dois metros de altura, parecendo mais as engenhocas usadas para irrigação de plantações, é o principal fornecedor da água misturada com um forte cheiro de eucalipto continuamente, ao som de bandas instaladas em cima do palco montado em plena avenida. Gostei do que vi e acho até que, se houver um apoio de quem de direito na área de turismo do governo do estado, o Banho de Cheiro de Chã de Alegria poderá, brevemente, se tornar mais um pólo carnavalesco em Pernambuco, a exemplo das cidades de Bezerros, Triunfo, Pesqueira, Vitória de Santo Antão. Segundo fui informado, o Prefeito Cláudio Honório enviou projeto para a Empetur, não obtendo resposta e o evento está sendo bancado com recursos próprios da prefeitura local. Essa informação, realmente carece de confirmação pois não consegui entrar em contato com pessoas ligadas ao prefeito alegriense. Parabéns ao povo daquela cidade que brinca um carnaval limpo, sem trocadilho. Só não sei se isso está ecologicamente correto, quando todos os estudos dão conta de que o planeta vai passar por uma grande dificuldade na questão do consumo do chamado precioso líquido: a água. Questionado se essa água não faria falta à população, o prefeito local respondeu à uma radialista da Radio Clube que o entrevistara que o líquido consumido na festança, era extraído de poço artesiano e não da Compesa, fornecedora oficial do estado.