Aliar o crescimento econômico, com o aumento igualitário do bem-estar social e a preservação ambiental parece meta do Greenpeace. Não deixa de ser. Mas quem defende essa teoria não é simplesmente um ecologista. Trata-se de um ecossocioeconomista. E o exemplo maior dessa escola é o de Ignacy Sachs, pensador polonês, naturalizado francês e com vivência no Brasil.
Apesar de ser um dos líderes dessa escola, o termo ecossocioeconomia foi criado pelo economista alemão Karl William Kapp, um dos precursores, nos anos 70, da ecologia política. Esse grupo de cientistas sociais questiona o atual desenvolvimento mundial, centrado na acelerada urbanização e na degradação do meio ambiente.
Eles se preocupam com o esvaziamento dos campos. Eles, a exemplo de Sachs, temem que uma urbanização de 75% em várias partes do mundo, principalmente em alguns países africanos, deve ser vista não como um sucesso de políticas publicas ou do crescimento da economia, mas como uma derrota das lideranças políticas ante a incapacidade de reter as populações no interior.
Manter as populações em zonas rurais ou áreas rurbanas (cidades com características rurais) não deve ser considerado um atraso. A idéia dessa escola de economistas não é de perpetuar essas pessoas no atraso.
A tese central vai muito além. Primeiro: dar um basta no êxodo rural. Segundo: levar as amenidades das cidades ao campo. E o que são essas amenidades? Saúde, educação, cultura. Em resumo, levar às comunidades rurais o conforto das cidades, sem as mazelas dos grandes centros urbanos.
Em Pernambuco, isso é para ter sido feito há mais de 50 anos, como propunha, à época, o dominicano Louis Lebret. Mas o que se vê é a urbanização acelerada, com o crescimento populacional, sem uma contrapartida de infra-estrutura em cidades-pólo, como o Recife, Olinda, Jaboatão, Cabo, Ipojuca, Olinda, Paulista, Caruaru, Serra Talhada, Salgueiro e Petrolina.
Resultado: avolumam-se os problemas, ante a carência dos serviços sociais.
Apesar de ser um dos líderes dessa escola, o termo ecossocioeconomia foi criado pelo economista alemão Karl William Kapp, um dos precursores, nos anos 70, da ecologia política. Esse grupo de cientistas sociais questiona o atual desenvolvimento mundial, centrado na acelerada urbanização e na degradação do meio ambiente.
Eles se preocupam com o esvaziamento dos campos. Eles, a exemplo de Sachs, temem que uma urbanização de 75% em várias partes do mundo, principalmente em alguns países africanos, deve ser vista não como um sucesso de políticas publicas ou do crescimento da economia, mas como uma derrota das lideranças políticas ante a incapacidade de reter as populações no interior.
Manter as populações em zonas rurais ou áreas rurbanas (cidades com características rurais) não deve ser considerado um atraso. A idéia dessa escola de economistas não é de perpetuar essas pessoas no atraso.
A tese central vai muito além. Primeiro: dar um basta no êxodo rural. Segundo: levar as amenidades das cidades ao campo. E o que são essas amenidades? Saúde, educação, cultura. Em resumo, levar às comunidades rurais o conforto das cidades, sem as mazelas dos grandes centros urbanos.
Em Pernambuco, isso é para ter sido feito há mais de 50 anos, como propunha, à época, o dominicano Louis Lebret. Mas o que se vê é a urbanização acelerada, com o crescimento populacional, sem uma contrapartida de infra-estrutura em cidades-pólo, como o Recife, Olinda, Jaboatão, Cabo, Ipojuca, Olinda, Paulista, Caruaru, Serra Talhada, Salgueiro e Petrolina.
Resultado: avolumam-se os problemas, ante a carência dos serviços sociais.
5 comentários:
A inserção da obra de Karl William Kapp no pensamento social contemporâneo
José Maria Reganhan (*)
A discussão da urbanização uma parte da obra de Karl Wiiliam Kapp, refere-se, a um dos custos sociais e ecológicos, que a empresa privada em sua operação, ao internalizar lucros, minimiza custos e externaliza vários tipos de custos sociais e ecológicos.
Em "Os custos sociais da empresa privada", onde discute os custos acima citados, ela trata do processo de concentração urbana e deslocalização industrial como um conjunto de custos sociais de difícil mensuração, quando ele escreveu pela primeira esse livro em 1950. Hoje em dia já é possível mensurar alguns dos tipos de custos sociais da empresa privada.
Esclarece-se que tal análise é realizada fora do paradigma do utilitarismo neo-clássico. O autor é no início de sua obra muito influenciado pela Escola de Francfurt, principalmente por Eric Fromm, do realismo pragmático americano expresso por John Dewey e pelo abordagem clássico-marxista em Economia.
Alguns pesquisadores estão enquadrando Karl William Kapp como o fundador da ecossocioeconomia, mas esta é uma tentativa de um reducionismo muito ruim para classificar a diversificada contribuição teórico-metodológica desse grande economista alemão não ortodoxo, institucionalista crítico europeu. Ele tem contribuições nas seguintes áreas: história do pensamento econômico, o papel da administração pública e do planejamento econômico na promoção do desenvolvimento econômico, na implementação da política ambiental, na discussão dos custos sociais da empresa privada e na ruptura ambiental.
Para falar de Kapp, das poucas obras que lí, aprendi que nós só podemos colocá-lo ao lado dos grandes pensadores das ciências sociais e humanas, como Karl Marx, Karl Gunnar Myrdal, Max Weber, por exemplo, e tê-lo sim com um economista que segue a proposta teórico-metodológica clássico-marxista, de Economia Política aplicada aos problemas que relacionam a ecologia, a sociedade e a economia. No final de sua vida Kapp, entre 1970 e 1976, se declarou como um economista institucionalista, escrevendo como tal e tendo como seus referenciais, os grandes institucionalistas americanos e europeus. Assim sendo, os seus seguidores enquadram-no como um institucionalista que faz o elo entre o velho institucionalismo americano e o velho institucionalismo europeu.
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(*) Eu sou economista especializado em Economia do Trabalho e migrando para a Economia Ecológica, onde Kapp é um de seus precursores, assim como da Ecologia Política. Sou aluno inscrito no mestrado em Desenvolvimento Sustentável do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB. Hoje em dia me encontro, justamente procurando aplicar a abordagem kappiana, aos custos sociais, ecológicos e econômicos do licenciamento ambiental no Brasil. Espero em 2 anos ter resultados mais concretos desse esforço de pesquisa aplicada.
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