Pernambuco de cá não sabe o que pensa o de lá. Quem mora no Litoral vê Pernambuco como se o mapa longilíneo perdesse essa característica, achatado após ser colocado numa prensa. Caldo nem sairia. Escorreria pelas alamedas a tristeza de os pernambucanos viverem num Estado com duas cabeças. Um interior colonizado por Rio e São Paulo. Um litoral apegado ao passado, mas sem ainda saber o que fazer do futuro. Uma anomalia.
Ao participar, hoje, na TV Pernambuco, do programa Diálogo, do jornalista Valdir Beserra, com o cientista político Michel Zaidan, questionei a tese da interiorização do desenvolvimento. Esse processo não se faz com meia dúzia de fábricas. A questão extrapola os limites físicos. Ela perpassa pela cultura. Atravessa o social. Enclausura-se no inconsciente coletivo.
A interiorização requer canais de comunicação de mão-dupla entre a capital e o interior, como a TV Pernambuco. Esse veículo só funcionará como um dos elos da corrente interior/capital se for usado como um instrumento capaz de intercambiar idéias, trocar informações e divulgar o Estado como um todo. Se não houver isso, poderá cair no lugar comum e até se transformar num canal político-partidário.
Interiorizar é trazer do interior para a capital as idéias, as manifestações populares e o trabalho de homens e mulheres que, sem quase nenhum apoio, conseguem transformar uma realidade cruel num exemplo de superação de obstáculos.
Interiorizar é chegar a todos os rincões. É dizer o que se passa no Recife. É mostrar o que se faz nas bandas do litoral.
Esse processo vai encontrar barreiras, principalmente dos veículos de comunicação instalados no Rio e em São Paulo: eles ditam normas, modos de vida e até definem as paixões futebolísticas de muitos pernambucanos. A conquista de mentes e corações dos pernambucanos do interior e até de municípios da Zona da Mata chega ao ponto de os times do Rio e de São Paulo terem mais torcidas do que as tradicionais equipes do Estado.
Interiorizar é ocupar os 400 quilômetros de litoral fluvial do São Francisco, uma região que só conseguiu mostrar seu potencial por conta da determinação de Nilo Coelho. Interiorizar é lutar pela reconstrução da ferrovia central e por sua posterior ampliação aos sertões do Araripe e do São Francisco.
É pensar muito além da transposição, obra que só beneficiará o Ceará por conta de uma infra-estrutura hídrica construída naquele Estado. Em Pernambuco, a região Agreste, principalmente a área polarizada por Garanhuns, é sedenta. Quase não dispõe de reservas hídricas.
Enfim, interiorizar é debater idéias, sem marginalizar quem pensa diferente. É juntar propostas. Para isso, a TV Pernambuco pode ser o canal capaz de iniciar esse processo.
Ao participar, hoje, na TV Pernambuco, do programa Diálogo, do jornalista Valdir Beserra, com o cientista político Michel Zaidan, questionei a tese da interiorização do desenvolvimento. Esse processo não se faz com meia dúzia de fábricas. A questão extrapola os limites físicos. Ela perpassa pela cultura. Atravessa o social. Enclausura-se no inconsciente coletivo.
A interiorização requer canais de comunicação de mão-dupla entre a capital e o interior, como a TV Pernambuco. Esse veículo só funcionará como um dos elos da corrente interior/capital se for usado como um instrumento capaz de intercambiar idéias, trocar informações e divulgar o Estado como um todo. Se não houver isso, poderá cair no lugar comum e até se transformar num canal político-partidário.
Interiorizar é trazer do interior para a capital as idéias, as manifestações populares e o trabalho de homens e mulheres que, sem quase nenhum apoio, conseguem transformar uma realidade cruel num exemplo de superação de obstáculos.
Interiorizar é chegar a todos os rincões. É dizer o que se passa no Recife. É mostrar o que se faz nas bandas do litoral.
Esse processo vai encontrar barreiras, principalmente dos veículos de comunicação instalados no Rio e em São Paulo: eles ditam normas, modos de vida e até definem as paixões futebolísticas de muitos pernambucanos. A conquista de mentes e corações dos pernambucanos do interior e até de municípios da Zona da Mata chega ao ponto de os times do Rio e de São Paulo terem mais torcidas do que as tradicionais equipes do Estado.
Interiorizar é ocupar os 400 quilômetros de litoral fluvial do São Francisco, uma região que só conseguiu mostrar seu potencial por conta da determinação de Nilo Coelho. Interiorizar é lutar pela reconstrução da ferrovia central e por sua posterior ampliação aos sertões do Araripe e do São Francisco.
É pensar muito além da transposição, obra que só beneficiará o Ceará por conta de uma infra-estrutura hídrica construída naquele Estado. Em Pernambuco, a região Agreste, principalmente a área polarizada por Garanhuns, é sedenta. Quase não dispõe de reservas hídricas.
Enfim, interiorizar é debater idéias, sem marginalizar quem pensa diferente. É juntar propostas. Para isso, a TV Pernambuco pode ser o canal capaz de iniciar esse processo.
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