sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

DOM CAPPIO, UM MÁRTIR DOS TEMPOS MODERNOS?


Quando um artista de cinema e televisão se movimenta, os jornalistas vão atrás, espocando flashes, ligando câmeras e sacando gravadores. Com as últimas criações da Tecnologia da Informação, os celulares centralizam som e imagem, facilitando a perseguição implacável.

Algumas figuras respeitáveis, muito em função dos cargos que exercem, também atraem jornalistas. Se a essas pessoas proeminentes juntam-se artistas, então saia de perto. A mídia vai ocupar todos os espaços em torno dos personagens para dissecar o acontecimento.

É o que começa a acontecer com o bispo de Barra, dom Luiz Cappio, em sua greve de fome. Ele, às margens do São Francisco, atrai católicos fervorosos e começa a despertar a atenção de artistas de televisão e cinema.

Hoje, a atriz Letícia Sabatella, integrante do Movimento Humanos Direitos, estará em Sobradinho (BA) para entregar uma carta dos membros do MHuD, entidade formada por artistas e intelectuais e cuja meta é lutar contra o trabalho escravo e outras violações dos direitos humanos no Brasil.

O MHuD tem, entre seus membros, Camilla Pitanga, Marcos Frota, Marcos Winter, Wagner Moura, Osmar Prado, Dira Paes, Bete Mendes, Chico Diaz, Cristina Pereira, Leonardo Vieira, Silvia Buarque, Eduardo Tornaghi e Zezé Polessa. Eles expressam na carta, a ser entregue por Letícia Sabatella, a admiração pelo gesto de dom Luiz Cappio, um ato de coragem “ao dedicar a própria vida para salvar o rio, símbolo da cultura e fonte de sobrevivência do povo brasileiro”.

Com refletores, flashes e câmeras voltados para o bispo, começa a se formar a imagem de um mártir num País carente de líderes imaculados.

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