No frevo, existem três formas de apresentação musical: o frevo de rua (o frevo rasgado, com o som da orquestra de metais); o frevo canção (intercalando a letra com o som dos metais) e o frevo-de-bloco (música mais lenta, com letra de forte conteúdo poético e ao som de uma orquestra de corda). Capiba, registrado com o nome de Lourenço da Fonseca Barbosa, compunha as três variantes do frevo e criava valsas e chorinhos.
Capiba, a exemplo do seu primo Abelardo Barbosa (Chacrinha), também nasceu em Surubim (28/10/1904), no Agreste Setentrional e situada a 130 quilômetros do Recife, cidade que adotou e onde morreu (31/12/1997).
Ele também faz parte do Circuito de Poesia, criado pela Prefeitura, para homenagear os poetas, recifenses ou não, que cantaram em prosa e verso a cidade, como ele fez na canção Recife, Cidade Lendária.
Eu ando pelo Recife, noites sem fim
Percorro bairros distantes sempre a escutar
Luanda, luanda, onde está?
É alma de preto a penar
Recife, cidade lendária
De pretas de engenho cheirando a bangüê
Recife de velhos sobrados, compridos, escuros
Faz gosto de ver
Recife teus lindos jardins
Recebem a brisa que vem do alto mar
Recife teu céu tão bonito
Tem noites de lua pra gente cantar
Recife de cantadores
Vivendo da glória, em pleno terreiro
Recife dos maracatus
Dos tempos distantes de Pedro primeiro
Responde ao que eu vou perguntar:
Que é feito dos teus lampiões?
Onde outrora os boêmios cantavam
Suas lindas canções
Representada na Rua do Sol, em pé num balcão antigo, a estátua de Capiba evoca os velhos carnavais e saúda o desfile do Galo da Madrugada e o autêntico frevo pernambucano.
Veja mais sobre Capiba no endereço
http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/capiba.asp
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