Pessoas diabéticas, com necessidade de controlar o açúcar, vivem um drama nas estradas nordestinas, principalmente nas que adentram o sertão. É o do café adoçado pelo anfitrião ou por um dono de bar e restaurante. Um costume que resiste ao tempo e enfrenta as modernas máquinas italianas que “jorram” café com leite.
Mas não é só o café servido já adoçado com açúcar ou rapadura que preocupa os diabéticos. A carência de produtos específicos para quem não pode comer açúcar é outro obstáculo para quem viaja pelas estradas nordestinas.
Para quem tem colesterol acima dos níveis mínimos, comer em restaurantes à beira de estrada é ingerir mais gordura que a necessária ao organismo. Isso sem se falar no sal, outro ingrediente comum às comidas servidas em “self-service” sertanejo.
Quem percorrer a BR-232 do Recife a Parnamirim, onde ela termina, constatará a precária estrutura dos restaurantes destinada aos pacientes idosos, diabéticos, hipertensos. Os alimentos destinam-se a outro público, o que “come até pedra”.
Nos 550 quilômetros da BR-232, a espinha dorsal de Pernambuco, são raros os restaurantes e os bares preparados para receber hóspedes que necessitam de alimentação especial. À exceção de Gravatá, onde se concentram os restaurantes mais badalados da rodovia, são poucos os locais onde uma pessoa com dieta possa parar para tomar um cafezinho ou fazer uma refeição.
Essa situação perdura há muitos anos e nada se faz para mudá-la. Os donos dos estabelecimentos não investem; as prefeituras silenciam e os órgãos estaduais de saúde e de vigilância sanitária se omitem.
Viajar pela rodovia central de Pernambuco é enfrentar desafios e vencer obstáculos.
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