Ao se considerar a área do semi-árido com uma precipitação pluviométrica média anual de 800 milímetros, há uma defasagem muito grande entre o número de açudes do DNOCS e as áreas atingidas pelas secas: Ceará tem 93 açudes em 20.823,6 Km²; Bahia conta com 37 em 200.582,4 Km²; Piauí dispõe de 23 represas em 89.275,7 Km² e Minas Gerais, com 80.212,9 Km², tem apenas sete açudes.
Quando os baianos questionam a transposição, eles se baseiam no fato de que, mesmo com 10 vezes mais terras sujeitas às secas do que o Ceará, têm quase três vezes menos barragens que os cearenses.
A prioridade de tratamento ao Ceará fica mais clara no projeto de transposição, elaborado em 1985 e que levou em conta apenas o Ceará e parte do Rio Grande do Norte, pois previa apenas um canal com vazão de 300 m³ de água por segundo e que abasteceria os açudes Castanhão (CE) e Armando Ribeiro Gonçalves (RN).
Nove anos depois, a nova proposta previa captação, num único canal, com vazão de 150m³/s, para serviços de irrigação, com o acréscimo do açude Santa Cruz (RN).
Chegou-se, finalmente, após algumas reclamações dos outros Estados, ao atual projeto: revitalização do Rio São Francisco e criação de dois eixos, abrangendo os açudes Castanhão, Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz, Epitácio Pessoa (PB), Engenheiro Ávidos (PB), Poço da Cruz (PE) e Entremontes (PE), e beneficiando uma população 50% maior do que a dos projetos anteriores.
Mapa digital extraído do trabalho Polígonos dos Açudes do Nordeste Brasileiro, publicado pela Chesf em 2002.
sábado, 17 de novembro de 2007
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