terça-feira, 9 de outubro de 2007

SUDESTE COME FEIJÃO DE JUPI




A Zona da Mata Sul e o Agreste Meridional são duas microrregiões vizinhas, mas diferentes em vários aspectos. Na primeira, monocultura da cana; no Agreste Meridional, pecuária leiteira e agricultura familiar. Na Mata, grandes propriedades. No Agreste, o minifúndio caracteriza a distribuição de terras.

Jupi, cuja sede municipal dista 206 quilômetros do Recife, baseia sua estrutura fundiária em pequenas propriedades, onde os produtores rurais lidam com a pecuária leiteira, a avicultura de corte e as lavouras de mandioca e café.

Com uma área de 112,5 Km² e uma densidade demográfica de 109,6 pessoas por quilômetro quadrado, Jupi abriga 380 mil galinhas, galos e frangos. Isso quer dizer que para cada habitante há 29,85 aves.

Dados do IBGE de 2005 indicam ainda que a pecuária leiteira, com 4.298 reses, e as culturas de mandioca (24.700 toneladas) e de feijão (2.286 toneladas) completam a base econômica do município.

A questão aqui não é comparar a produção agrícola – mandioca e feijão – de Jupi à dos grandes centros produtores. O que chamou a atenção do jornalista José Torres foi a capacidade do agricultor jupiense de manter atividades agropecuárias no Agreste Meridional, região com o maior déficit de água de Pernambuco: os rios perenes são poucos e os reservatórios mal atendem às populações urbanas.

Ao fazer a colheita de notícias junto à Secretaria de Agricultura de Jupi, José Torres exercitou a aritmética e chegou a esses números: “A safra de feijão preto, carioquinha e mulatinho atingiu a marca de 13,5 toneladas. A façanha foi possível graças à tenacidade de 1.500 pequenos agricultores, plantando em média dois hectares e colhendo, cada um, 15 sacas de 60 quilos. Toda a produção foi vendida para o Sudeste”.

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