quinta-feira, 25 de outubro de 2007

PERNAMBUCO ESQUECE SUA HISTÓRIA


Quem tem muitos, não tem nada. Esse ditado cai como uma luva em Pernambuco. Não tem nada a ver com economia. Está longe de ser muitas cartas nas mãos. Os pernambucanos, principalmente a elite, se vangloria de o Estado representar o sentimento libertário do País, por conta das revoluções, as quais custaram cortes na própria carne. Melhor explicando: Pernambuco perdeu território por se rebelar contra o Poder Central.

A ironia está na profusão de datas: 13 de janeiro (Execução de Frei Caneca, em 1825), 27 de janeiro (Restauração Pernambucana com a expulsão dos holandeses, em 1654), 6 de março (Revolução Constitucionalista de 1817), 5 de outubro (Convenção de Beberibe, quando Pernambuco ficou independente de Portugal, em 1821) e 10 de novembro (Bernardo Vieira de Melo proclamou a República no Senado de Olinda, em 1710).

Como só uma parcela de pernambucanos aprendeu a reverenciar seus heróis, não é de estranhar a inexistência de qualquer comemoração nessas datas. Há ações isoladas em memória de Frei Caneca, a exemplo do ex-PFL que tem um instituto com o mártir pernambucano.

A omissão dos pernambucanos é tão grande em relação às essas datas que veio de uma parlamentar nascida na Paraíba a idéia de instituir a data magna do Estado. A proposta de Terezinha Nunes deve ser aplaudida pelos que cultuam a história pernambucana.

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