A ONU está de olho no Brasil e quer ver de perto o que acontece em três estados e no Distrito Federal. Não se trata de uma guerra entre nações, mas de uma luta fratricida. A ONU não mandará os boinas azuis, mas o relator especial sobre Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais, Philip Alston. Chegará em 4 de novembro e deixará o País no dia 15. Vai passar esse tempo entre São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Brasília.
As informações, repassadas pela Assessoria de Imprensa do Gajop, detalham as ações de Philip Alston nos três estados e na capital federal.
Em Pernambuco, único estado a ser visitado fora do eixo RJ/ SP e BSB, ele estará nos dias 11 e 12 de novembro e seu foco será nos grupos de extermínio, violência no campo e violência contra os povos indígenas.
Em São Paulo, o Relator vai discutir sobre as execuções sumárias de maio de 2006. Ele também tratará das mortes ocorridas dentro do sistema prisional.
No Rio de Janeiro, seu objetivo é a violência policial, o tráfico de drogas e as milícias. O relator, que tem especial interesse nas 19 mortes do Complexo do Alemão e na Chacina da Baixada, pretende conversar com os familiares das vítimas.
Em Brasília, a violência policial no entorno do Distrito Federal e informações sobre outros estados.
Esta visita tem um caráter de monitoramento do Estado Brasileiro, já que esta Relatoria (na época assumida pela sra. Asma Jahangir) já visitou o país em setembro e outubro de 2003.
O fato de uma Relatoria voltar a um mesmo país dentro de um intervalo de tempo tão curto é inédito para o Brasil. Demonstra que a ONU continua preocupada com a situação nacional no tocante a essa prática e com a forma pela qual as autoridades vêm respondendo (ou não) a essas questões.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
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