Ex-comunista, expulso ainda jovem de uma entidade estudantil ligada ao PC francês, e ex-integrante do Partido Socialista da França, afastado após aceitar o convite do presidente Sarkozy para ocupar o Ministério das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, um dos fundadores da ONG Médico Sem Fronteiras, defende o fim do centralismo econômico num único país e questiona a predominância de uma moeda sobre as outras.Em entrevista ao programa Milenium, veiculado pela Globo News, Kouchner faz parte de um grupo, que tem entre seus integrantes o presidente Lula, partidário de um fórum internacional permanente destinado a estabelecer normas sobre o sistema financeiro mundial e definir ações voltadas para uma política econômica e social conjunta dos países, com a finalidade de reduzir desigualdades econômicas e sociais entre as nações.
O fato de ser socialista, condição que não perdeu ao ser expulso do PSF, tornam mais relevantes as propostas do chanceler francês, crítico dos regimes fechados, como o de Cuba, e adepto de uma social-democracia, em que o capital, principalmente o financeiro, seja submetido a normas emanadas de decisões conjuntas dos países.
Certamente, Kouchner deve ser criticado por partidos à esquerda, a exemplo do PT, cujos dirigentes devem corar quando ouvem suas opiniões.
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