CENTRO-OESTE MADRUGADOR (XLI)

PRECISA-SE DE DOADORES

HUB busca doadores

O Hospital Universitário de Brasília, único da rede pública no Distrito Federal habilitado para realizar transplante de córnea, está precisando de doadores. Também é baixo o número de doações de rins. Existem cerca de 1,2 mil pessoas na lista de espera para receber novos órgãos no DF, sendo 900 pacientes que precisam de córneas e 300 aguardando transplantes de rins. Para o chefe do Centro de Transplante do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Rômulo Maroccolo, a falta de campanhas para conscientização das pessoas é um dos principais motivos para o baixo índice de doações de órgãos. Segundo ele, seria preciso mais investimentos na estrutura para reforçar a Central de Captação de Órgãos, como aumentar o quantitativo de pessoas trabalhando na instituição e uma melhor integração das equipes com os outros hospitais da rede pública do DF. A central é responsável por identificar os possíveis doadores, além de notificar e fazer contato com a família do doador. Depois da seleção, é identificado o paciente que irá receber o órgão, respeitando a ordem da fila de espera de transplante. O médico explicou que a doação de órgãos, em Brasília, já foi melhor. O aumento da população rendeu à cidade um dos piores índices de transplantes do país. "Aumentou o número de habitantes e não cresceu a quantidade de doadores. É preciso fazer um trabalho para reverter esse quadro", esclareceu. O médico cita a doação de córneas em São Paulo. Lá, diferentemente de Brasília, não há pessoas aguardando o transplante do órgão. "Não é tão difícil zerar a fila. Se houver mais investimentos para capacitação, apoio às equipes e conscientização da população, vamos conseguir o mesmo feito de São Paulo", explicou. Mesmo com as poucas doações, o número de doadores aumentou desde 2006 - época em que o HUB começou realizar transplantes de rins. Naquele ano, apenas três foram feitos. Este ano, subiu para 20 o número de transplantes do órgão. Foram 18 doados por vivos e apenas dois eram de pessoas já falecidas.


Notícia Publicada no jornal “Jornal Tribuna do Brasil”
Link: http://www.tribunadobrasil.com.br/


Hospital recebe doação

O Banco de Leite do Hospital Regional da Asa Sul faz um apelo às mães que estão amamentando para que doem o excesso de leite. A preocupação é que, com a aproximação das festas de fim de ano e das férias, os estoques, que já estão críticos, caiam ainda mais. O consumo diário é de 12 litros e atualmente está havendo um déficit de quatro litros. Quem puder doar deve ligar para os telefones 3445-7597 ou 3445- 7515 e agendar a data da entrega. Um veículo do hospital irá à residência da doadora, seguindo uma rota pré-estipulada, em todas as cidades do Distrito Federal.


Notícia Publicada no jornal “Jornal Coletivo”
Link: http://www.jornalcoletivo.com.br/
Link Foto: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/Images%5Camamentacao.jpg

FRAUDE

Cúpula do Incra em MT acaba na prisão

Uma fraude milionária orquestrada dentro do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Mato Grosso levou o Ministério Público Federal (MPF) a pedir a prisão preventiva de 16 pessoas incluindo o superintendente do órgão no Estado, João Bosco de Morais. Quatorze estão presas. Pelo esquema, terras pertencentes ao Estado e à União eram desapropriadas e transformadas em assentamentos para contemplar pessoas que não precisavam de terra. O prejuízo calculado até agora é de R$ 14 milhões. Além do superintendente do Incra, estão presos o procurador geral do órgão em Mato Grosso, Antônio Reginaldo Galdino Delgado, o substituto do superintendente, Sebastião Pereira Cajango, o chefe de Divisão Técnica, Marcos Antônio Rocha e Silva, e o chefe da Procuradoria, Anildo Braz do Rosário. Os engenheiros agrônomos do Incra, Manoel Joaquim da Silva Filho, Ana Carmen Viana Vidal e José Gagliardi Neto, também estão entre os presos. Outros envolvidos na fraude apontados pelo MPF são pessoas ligadas a seis propriedades rurais, todas na região de Cláudia, Colíder e Itaúba, municípios do norte de Mato Grosso. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva. Além de prisão, policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, principalmente em Cuiabá e Várzea Grande. O MPE denunciou todos pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. Conforme as investigações, o Incra pagava por uma área que não existia e indenizava pessoas que faziam parte do esquema. Como a maior parte dos assentamentos era realizada em terras improdutivas, partia-se para uma nova desapropriação. Com isso, integrantes conseguiam indenizações milionárias. Na documentação, no entanto, as terras correspondiam "aos anseios sociais". A fraude envolvia proprietários de cartórios de registro, cujo esquema foi desarticulado em maio do ano passado, através da “Operação Lacraia”. Na ocasião, 38 pessoas foram presas acusadas de fraude cartorária. Pelos cálculos do procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio de Avelar, a fraude é milionária, uma vez que vinha sendo feita há cerca de 10 anos. "São milhões, milhões e milhões em prejuízo ao erário. É um escândalo", observou. Em apena seis fazendas, o prejuízo chegou a R$ 14 milhões sendo o dinheiro repartido entre integrantes do bando. No esquema, os limites geográficos, através dos mapas cartográficos, eram alterados. As fazendas, existentes no papel, na verdade, eram áreas da União ou terras indígenas.


Notícia Publicada no jornal “Jornal Diário de Cuiabá”
Link: http://www.diariodecuiaba.com.br/


Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.