quarta-feira, 19 de novembro de 2008

NORDESTE MADRUGADOR (XLV)


1932

Documentário estimula pesquisa histórica


Senador Pompeu. O documentário alternativo “As Almas do Povo. É o Santo do Povo”, produzido por meio de um projeto cultural desenvolvido em Senador Pompeu, no Sertão Central, está se transformando num importante instrumento de estímulo à pesquisa histórica. O material cenográfico lançado recentemente na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores está sendo procurado por estudiosos da Unifor, UFC e Uece. Buscam o aprofundamento do conhecimento dos registros da tragédia sertaneja registrada na seca de 1932 na barragem do Açude Patu, situada a cerca de 3,5km do Centro da cidade. Para destacar a importância do filme, o presidente da ONG SOS Direitos Humanos, Otoniel Ajala Rocha, já protocolou, junto ao Governo Federal, um pedido de indenização para as famílias das vítimas da seca de 1932.Segundo o secretário de Cultura do município, Adriano da Costa Souza, a partir da produção independente, além da devoção, estão se fortalecendo dúvidas sobre detalhes da passagem histórica que registra o sofrimento de milhares de retirantes na época da construção da barragem do reservatório público, mantidos ali contra a própria vontade, até a morte. Muitos indagam se as vítimas realmente foram enterradas no cemitério da barragem. Não sabem ao certo o número de mortos e nem quantos sobreviventes do martírio estão vivos.Preocupado com a possibilidade de distorção dos fatos históricos, ele pretende aproveitar o interesse acadêmico e aprofundar as pesquisas sobre o “campo de concentração” mantido pelo Governo Federal para evitar a fuga em massa de milhares de sertanejos para Fortaleza. Um projeto de pesquisa popular já está sendo elaborado. Grupos de jovens serão capacitados para levantar informações precisas sobre a época. Quanto a estudos mais específicos, como levantamentos arqueológicos, ele espera que especialistas se interessem e tragam suas equipes para as margens do Patu.

TRAGÉDIA 1932
foi o ano da grade seca registrada no Estado do Ceará, quando sertanejos, que tentavam fugir da fome e da sede, foram presos em um ´campo de concentração´ nas obras da barragem do Patu

Notícia Publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará

Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=591129



PROTESTO

Baianas querem festa no Centro Histórico


Integrantes da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam) andaram da Praça da Cruz Caída – onde fica a sede da entidade e onde querem continuar promovendo shows – até a prefeitura nesta terça-feira, 18. Com as saias rodadas e colheres na mão, queriam falar com o prefeito João Henrique sobre a utilização da praça no Centro Histórico de Salvador, que vêm cuidando, pelo programa Adote Uma Praça. Semana passada, a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) restringiu o uso daquele espaço a eventos grátis.“Assim que o prefeito chegar de Brasília falará com as baianas”, disse Miriam Leopoldina, pedindo paciência a elas. Sobre o entendimento do secretário da Sesp, Fábio Mota, a assessora respondeu que a partir de agora “o caso está na Justiça”.Sábado, a desembargadora Daisy Lago Ribeiro Coelho concedeu liminar às baianas para que “as autoridades coatoras (secretários de Infra-Estrutura e de Serviços Públicos) se abstenham de intervir ou impedir a realização do Verão Baianas Praça Cruz Caída, entre 13 de novembro de 2008 e 19 de fevereiro de 2009, sob pena de multa de R$ 1 mil, até a deliberação final do Tribunal de Justiça”.

Notícia Publicada no jornal “A Tarde” da Bahia

Link: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1011286


ECONOMIA

CE acerta o passo na exportação de calçados


No contrapé da crise financeira global e dos principais estados produtores de calçados do País, o Ceará acerta o passo e registra crescimento este ano de 13,9% nas exportações, com incremento tanto em volume quanto em faturamento. Enquanto os pólos calçadistas gaúcho e paulista registraram quedas nos volumes de 25,91% e 30,73%, respectivamente, os cearenses exportaram 47,6 milhões de pares de sapatos, tênis e sandálias, 8,92% a mais, de janeiro a outubro último, sobre o mesmo período de 2007.Pelo segundo ano consecutivo, o Ceará ultrapassou os gaúchos em volume de pares, mas ficou em segundo lugar no faturamento. As divisas do setor calçadista cearense somaram US$ 290,3 milhões, 14,08% superiores aos R$ 255,4 milhões anotados nos dez primeiros meses do ano passado. No cenário nacional do setor, o Ceará está atrás apenas do Rio Grande do Sul, que se mantém na liderança como Estado com maior faturamento com as exportações de calçados.Mesmo com uma queda de 7,09% registrada de janeiro a outubro, os gaúchos registraram divisas de US$ 949,4 milhões, com o embarque de 44,1 milhões de pares.

Notícia Publicada no jornal “Diário do Nordeste” do Ceará

Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=591035

CRISE

Comércio do RN desacelera vendas


O volume de vendas do comércio varejista do Rio Grande do Norte cresceu 7,8% em setembro em relação ao mesmo mês de 2007, o menor incremento deste ano e um dos mais baixos do país. Segundo o IBGE, esse rendimento indica que a desaceleração, sentida desde junho, tende a continuar nos próximos meses. Porém, como houve resultados de até 21% no início do ano, quando se considera o acumulado entre janeiro e outubro, esse percentual sobe para 13,2% - segundo lugar no ranking nacional. Os dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que, no comércio varejista ampliado (inclui materiais de construção e veículos), a situação se repete. A variação em setembro foi de 9,8%, entre os piores resultados do Brasil, enquanto no ano - graças aos bons resultados do primeiro semestre – a variação foi de 13,6%, percentual que ficou entre os destaques do país. “De modo geral este ainda é um crescimento muito bom”, comenta o analista sócio-econômico do IBGE José Aldemir Freire, “mas acredito que não se sustente no médio prazo”. Em relação ao comércio varejista, ele acredita que, nos próximos meses, as vendas mais dependentes do crédito, como as de eletrodomésticos, serão afetadas. Mas o comércio popular em geral – supermercados, lojas de confecções, calçados, etc – deve se manter no patamar em que está agora. Quando fala do comércio varejista ampliado, Aldemir destaca que essa categoria tem forte influência da venda de veículos, que deve estagnar e ainda corre o risco de registrar mais retrações. No mês passado, o comércio de carros novos sofreu uma redução de 19,3% em relação a setembro.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Norte” do Rio Grande do Norte

Link: http://tribunadonorte.com.br/93426.html

Matérias selecionadas por Nathalia Andrade, colaboradora deste blog.

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