
Sadia recebe gás
Os postos revendedores de gás natural veicular (GNV) aumentaram ontem o tom das críticas ao governo do Estado e já articulam um movimento visando processar a Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) depois que souberam que a Sadia Oeste, de Várzea Grande, continua recebendo o combustível “sigilosamente” mesmo após o anúncio do fim dos estoques há um mês.
No último sábado, um caminhão-contêiner foi “flagrado” transportando gás à Sadia. Um funcionário da empresa confirmou ao Diário que a indústria vem recebendo normalmente gás natural para movimentar parte de suas máquinas de processamento e beneficiamento de carnes e aves. A Sadia consome em torno de 700 mil m³ de gás por mês. A mesma fonte confirmou ainda que a planta nunca ficou sem o combustível.
Por conta desta situação é que os postos já começam a se mobilizar para entrar com uma ação de reparação e perdas contra o Estado. Eles vão pedir o ressarcimento dos prejuízos, uma vez que os postos têm garantia de abastecimento por um período de cinco anos conforme contrato assinado com a MT Gás. A estatal é a única autorizada a distribuir, transportar e comercializar o gás natural vindo da Bolívia.
Uma fonte ligada à diretoria da MT Gás, entretanto, confirmou ontem à reportagem que o abastecimento vem sendo feito à Sadia por uma “questão social”. Segundo a fonte, que pediu para não ser identificada, a Sadia “tem quatro mil funcionários e contratos internacionais a cumprir. A suspensão poderia gerar demissões, por isso estamos garantindo o suprimento”.
Matéria publicada no Diário de Cuiabá
Amazônia - Menos 89% de desmate
Os últimos dados de monitoramento da Floresta Amazônica indicam a redução do desmatamento da mata em Mato Grosso. A ONG Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou queda de 89% na área de devastação acumulada no Estado de agosto a setembro, na comparação com o mesmo período analisado no ano passado.
Ao todo, em setembro, foram 348 quilômetros quadrados de área desmatada na Floresta Amazônica, 87% em áreas privadas.
Entre os estados, Mato Grosso ficou em segundo lugar na lista do Imazon, tendo devastado 22% dos 348 quilômetros quadrados desmatados por todos que compõem a Amazônia Legal. Na lista dos dez municípios mais desmatados da Amazônia, Mato Grosso aparece com São Félix do Araguaia (1.200 quilômetros de Cuiabá) e Canabrava do Norte (1.215 quilômetros).
Os cinco municípios mais devastados são do Pará, estado que mais desmatou, com 58% das áreas detectadas por satélites. Rondônia aparece com 10% e Amazonas, com 7%. Os demais estados – Amapá, Roraima, Acre e Tocantins – desmataram muito pouco e contribuíram com aproximadamente 3% da devastação total. Não foram analisados dados do Maranhão, que integra a Amazônia Legal, mas não possui parte da floresta. Pela incidência de nuvens, 14% da área total deixaram de ser visualizados.
Matéria publicada no Diário de Cuiabá

Defeso nas bacias do Paraguai e Amazonas
Conforme a analista de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Suzana de Souza Rodrigues, a pesca nas bacias do Paraguai e Amazonas fica restrita a de sobrevivência, praticadas pelos ribeirinhos. Segundo Suzana, será permitida a captura de um exemplar de qualquer tamanho ou até três quilos de qualquer tipo de peixe. Já na Bacia do Araguaia, está permitida a pesca de apenas de três quilos de pescado.
Os pescadores profissionais, durante o período da piracema, têm direito a um salário mínimo, no valor R$ 415. Conforme Suzana, para receber o benefício, o trabalhador deve comprovar a atividade por meio da carteira de pescador profissional, retirado por meio da Secretaria Especial de Agricultura e Pesca (Seap) ou pela Declaração de Pesca Individual (DPI). Segundo a analista, nesse documento devem constar as informações sobre a rotina de pesca desses trabalhadores.
De acordo com o coordenador de Fiscalização da Sema, Marcelo Cardoso, quem infringir as leis estadual e federal, que proíbem a pesca e a comercialização durante a piracema, poderá ser multado de R$ 700 até R$ 100 mil, respectivamente, com o acréscimo de R$ 10 por quilo do produto da pescaria, o que depende da gravidade do ilícito. Segundo Cardoso, o infrator ainda poderá cumprir detenção de um a três anos, podendo a pena ser cumulativa com a multa. Este ano a operação de combate à pesca predatória contará com efetivo de 83 homens, entre fiscais da Secretaria e policiais militares, e o apoio da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) e também do Juizado Volante Ambiental (Juvam).
Matéria publicada no Diário de Cuiabá
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