CIDADES
Dez trabalhadores resgatados de fazenda
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel Estadual resgatou 10 trabalhadores encontrados em condições análogas a de escravidão na fazenda agropecuária Lagoa do Guaporé, em Pontes e Lacerda, a 469 quilômetros de Cuiabá. Eles realizavam o roço do pasto e colocavam veneno nos tocos de árvores sem o uso de equipamentos de proteção. Viviam em situação degradante, bebendo água do mesmo córrego em que os bois pastavam e comiam carne do gado que morria com doenças. Os trabalhadores resgatados estavam na fazenda desde junho e moravam em uma casa de madeira disponibilizada pelo proprietário, com vários buracos que permitiam o trânsito de insetos e animais peçonhentos. Segundo relatos dos fiscais, todos ficavam amontoados nos corredores da casa e dormiam em colchões em processo de decomposição, de tão antigos. A água para beber e tomar banho era a mesma do córrego onde o gado ficava. A comida fornecida aos trabalhadores não era cobrada, contudo, apenas o arroz era farto. Além de ralo, o feijão era insuficiente e a carne, possivelmente contaminada. Além da falta de proteção para o trabalho, o risco de intoxicação se agravava com a existência de um vazamento no galpão onde ficava o veneno utilizado por eles nos tocos de árvores. Eles afirmaram sentir fortes dores de cabeça, tontura e apresentaram peles e roupas manchadas devido ao contato inapropriado com os produtos químicos. A diária paga aos braçais era de R$ 25, mas só era repassada quando cada pasto ficava pronto, o que poderia levar mais de 40 dias. Com a chegada da equipe de fiscais, o gerente da fazenda teria orientado os trabalhadores a se esconder no meio do mato, para despistar o grupo. O proprietário da área, que reside em São Paulo, admitiu aos fiscais que sabia das condições em que os empregados viviam. Ele pagou o valor de R$ 38,241 mil em verbas rescisórias, relativas aos 5 meses de relação trabalhista. Na próxima quinta-feira, representantes da fazenda se reunirão com o Ministério Público para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta.
Notícia Publicada no jornal “DIÁRIO DE CUIABÁ”
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CIDADES
Falta de planejamento urbanístico atrapalha pedestre
Uma bela cidade, porém com graves problemas sócio-cultural e urbanístico". É assim que o arquiteto e escultor, Ariomar da Luz Nogueira define a região do Gama. A cidade criada há 48 anos para abrigar a população que veio para a construção de Brasília, até tentou melhorar, no entanto, as mudanças resultaram no que Nogueira chama de "desastres arquitetônicos". De acordo com o arquiteto, cerca de 70% das vias centrais do Gama não possuem calçamento. Para transitar entre uma quadra e outra os pedestres têm que disputar espaço com os carros, motocicletas e bicicletas que passam pelo local. Nos outros 30% das ruas, o asfalto é falho e apresenta defeitos que podem causar acidentes, como buracos, pontas de ferro e bueiros abertos. Nas avenidas mais movimentadas a pavimentação é mais bem cuidada. Entretanto, em meio as calçadas há postes e árvores, o que dificulta a passagem. Se a situação já é complicada para os pedestres, o estado das vias traz problemas ainda maiores para os deficientes físicos. Além da dura missão de se locomover com a falta do calçamento, os cadeirantes têm que conviver com os erros de pavimentação do lugar. Isso porque a cidade foi planeja de maneira equivocada quanto ao uso das rampas e passarelas que deveria facilitar o trajeto dos deficientes físicos.
secretária Jarlene Maria, de 28 anos, sente na pele o que Nogueria explicou. Há três anos, ela é voluntária na Associação dos Deficientes Físicos do Gama e Entorno do Gama. No trajeto entre sua casa e a Associação não há nenhuma calçada e o movimento de carros é grande. "Até com o andador é ruim", contou. Para Jarlene o pior lugar da cidade é a Avenida dos Pinheiros, onde as rampas acabam no barro. "Em época de chuva faz buracos", disse. "Tinha que ter uma passarela". Além disso, a voluntária explicou que as obras feitas neste sentido, estão desniveladas. Ela contou que há caminhos cobertos com pedras onde tem que passar apenas com as rodas traseiras da cadeira.As paradas de ônibus também formam obstáculos. "São muito altas e não tem rampas. Tenho que pedir ajuda para subir", declarou. Segundo Nogueira, alguns meios fios têm até 30 centímetros, quando deveriam ter, no máximo, 18.
Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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Link foto: (http://www.forumeja.org.br/df/files/gama_01.jpg)
TV Digital só em 2009
Não foi em janeiro, nem abril e tampouco será em dezembro deste ano. A chegada da televisão digital aberta no Distrito Federal tem um novo prazo. Agora a promessa é que Brasília receba a nova tecnologia em seu aniversário de 49 anos, dia 21 de abril.A informação é do secretario de ciência e tecnologia, Izalci Lucas. "A previsão é que o DF receba o sinal definitivo em abril de 2009. Mas não vamos esperar a torre ficar pronta para iniciarmos a transmissão digital. A idéia é de instalar um sinal provisório no próprio local definido para a construção do projeto do Oscar Niemeyer", explicou.São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba e até mesmo a vizinha Goiânia são as primeiras cidades com transmissão digital no país. A meta do Ministério das Comunicações é que até o fim de 2009 o projeto atinja a maior parte das cidades do Brasil.
No ano passado, a idéia girava em torno de um investimento conjunto das grandes emissoras de TV para a construção de uma nova torre. A recomendação era da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), já que não haveria espaço suficiente na Torre de TV, situada na Esplanada dos Ministérios. Após iniciativa do governador José Roberto Arruda, o projeto arquitetônico da nova torre ficou a cargo de Oscar Niemeyer.A Terracap estima que a viabilização da obra possa custar aos cofres públicos cerca de R$ 40 milhões. O plano é que o dinheiro seja devolvido ao longo dos anos por meio do pagamento de uma taxa de uso do sinal pelas emissoras de TV.
Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.
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