sexta-feira, 24 de outubro de 2008

NORTE MADRUGADOR (IV)

ÍNDIOS
Governo e Funai fortalecem as ações para os povos indígenas
O programa prevê ações nas áreas de saúde, educação, meio ambiente e cultura.
O Governo do Estado do Acre e a Fundação Nacional do Índio (Funai) firmaram na tarde desta quinta-feira, 23, um termo de cooperação técnica com a proposta de implementar ações conjuntas no âmbito do Programa de Promoção dos Povos Indígenas (PPA 2008/2011). O programa prevê ações nas áreas de saúde, educação, meio ambiente e cultura.
Para o presidente da Funai a parceria fortalece a política indigenista do Acre de forma que os povos sejam valorizados e reconhecidos pela sociedade. Segundo o presidente o Estado dá exemplo para o restante do país da possibilidade de promoção do desenvolvimento, sem a intolerância e o preconceito com as comunidades indígenas. “Este documento formaliza a parceria para melhorar e ampliar nossa capacidade institucional em atender, promover e proteger os povos indígenas”.
A senadora Marina Silva destacou a importância do apoio dos governos sem que isso signifique uma interferência inadequada às formas de organização, cultura e nos processos internos. “Assim iremos fortalecer as políticas e a consolidação do programa de gestão ambiental nas terras indígenas”, destacou a senadora.
Para o governador Binho Marques quatro aspectos merecem atenção especial a partir da assinatura do termo de cooperação técnica firmado entre governo do Acre e Funai. As questões fundiárias, com detalhamento do trabalho de demarcação das terras indígenas que ainda não foram contempladas com o processo e também a reestruturação do Funai dentro do Acre, com a possível criação de um escritório na região do Juruá. O governador enfatiza ainda a construção do etnozoneamento, no qual cada povo atua na construção do próprio projeto. “Estamos trabalhando para melhorar a questão da autonomia dos povos”, disse Binho. O quarto ponto apresentado pelo governo é a proteção e controle dos povos indígenas isolados. “Nosso Estado dedica uma atenção especial às comunidades indígenas. Temos orgulho de sermos amazônidas e de fazer parte desta diversidade ambiental e cultural”, finalizou Binho Marques.
Francisco Pianko, assessor especial para Assuntos Indígenas, acredita que a parceria garante a possibilidade de avanço nas políticas públicas, aliando as competências para garantir mais qualidade de vida aos povos tradicionais.
Matéria publicada no O Rio Branco, do Acre

Link: http://www.oriobranco.com.br/

SAÚDE PÚBLICA
Vazamento da fossa do Presídio causa indignação
Escorrendo pela sarjeta da Rua Paraná o mau cheiro do chorume da fossa da Casa de Detenção Marco Antonio Barbosa (Presídio) de Espigão do Oeste começa a causar indignação aos comerciantes e moradores daquelas redondezas. Com a cadeia pública lotada de presos, a fossa que é bastante antiga já não suporta tamanha quantidade de resíduos e dejetos e há mais de 15 dias vasa e escorre ao longo da Rua Paraná, depois pela Rua Surui. O forte odor do chorume além de poluir o ar e o meio ambiente começa prejudicar os estabelecimentos comerciais que não suportam o mau cheiro.
O diretor da Casa de Detenção, Raimundo, reconheceu a indignação dos vizinhos, porém reclamou que já bateu em todas as portas possíveis em busca de recursos e apoio para proceder o esvaziamento da fossa, porém não obteve êxito. De acordo com o diretor do presídio, ele já buscou intervenção da Secretaria de Obras, do Conselho municipal da comunidade, da APAC e até mesmo na Secretaria de Estado da Segurança Pública, porém não obteve respaldo. Raimundo disse que a solução do problema não está ao seu alcance.
Há cerca de um mês gastou o recurso que possuía para esvaziar a fossa, porém já encheu e agora escorre pela sarjeta da Rua. Os comerciantes relatam que procuram o Departamento de Vigilância Sanitária e até o Ministério Público para que sejam tomadas providências para acabar com o que está ocorrendo. A situação da Fossa do Presídio configura crime de dano à saúde pública e ao meio ambiente.
Quem passa pela rua, a qualquer hora, vê brotando da fossa como se fosse uma nascente, os efluentes venenosos e contaminados por bactérias danosas a saúde pública.
Matéria publicada no jornal O Cone Sul, de Espigão do Oeste – Rondônia

Link: http://www.oconesul.com.br/
Textos selecionados por Andressa Anjos, colaboradora do BlogMadrugador

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