terça-feira, 30 de setembro de 2008

IRAQUE, AFEGANISTÃO E O “CRASH NEOLIBERAL”



Uma bomba explode
e espalha a dor
Uma bolha se rompe
Sonhos se desfazem





O que a invasão do Iraque e do Afeganistão tem a ver com a crise do capitalismo? Ou parodiando Hugo Chávez com o “crash do neoliberalismo”?

Primeiro, o desmantelamento de uma economia líder não deixa de ser uma guerra virtual, visto que os ativos financeiros rondam o mundo à cata de quem melhor lhes remunere.

Segundo, a ruína de uma economia destrói pessoas e arrasa o sonho de consumo dos que aprenderam a conviver com a máxima “o desejo se compra”. É o caso de Bonnee, um personagem retratado na matéria “Crise leva pessoas a morar em carro nos EUA”, postada no portal Terra e assinada por Rajesh Mirchandani.

Trata-se de uma corretora de seguros, moradora da cidade de Santa Bárbara, na Califórnia, e que, com o estouro da bolha imobiliária, foi jogada, literalmente, em seu utilitário, onde guarda desde escova de dentes a livros.

A invasão do Iraque e do Afeganistão sangrou e sangra corações, destruindo sonhos e arrasando esperanças. Para Bonnee, incrédula diante da sua situação, ela, chorando, desabafa: "Meu Deus, o coração da América está sangrando".

Certamente, um árabe, atingido por um foguete ou por tiros de metralhadora, diria algo parecido: “Alá, o coração do Islã está sangrando”.

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