O BOLERO DE CAPIBA NO PÔR-DO-SOL RECIFENSE

Liliana Falangola, dona do Catamarã Maurício de Nassau, envia-nos, por e-mail, comentário sobre as postagens relativas aos baobás e a Capiba. Ela, por ser “fraquíssima de Internet”, não insere suas observações na secção comentários do Blog Madrugador.

Apresentação feita, vamos às colocações de Liliana Falangola.

Nos meus passeios de barco (Roteiro n.º 1, de 08 pontes) sempre falo no Baobá da Praça da República e, no Roteiro n.º 2 (14 pontes), mostro a árvore gorducha que existe nas imediações da antiga casa de Tomás Comber, defronte do Colégio São Luis. (clique na foto para ampliá-la)

Quanto a Capiba, fazendo parte das esculturas do Circuito da Poesia, também o aponto na calçada da Rua do Sol e lembro que ele, além dos frevos e músicas lindas como Olinda, Igarassu, Maria Betânia, tem, também, o Bolero, conforme cartas que enviei para os jornais do Recife em março passado.

Entusiasta do Recife, a marinheira Liliana Falangola chama a atenção para um fato da Natureza pouquíssimo aproveitado por uma cidade cortada por rios e cercada de morros.

Pôr-do-Sol no Recife

Não só Maurice Ravel, mas o nosso Capiba também tem o seu Bolero. E a música é linda. O pôr-do-sol do Recife é tão bonito quanto o de Cabedelo, na Paraíba. Mas lá, todas as tardes, celebra-se o ocaso do dia, na Praia do Jacaré, em uma bem montada estrutura turística, onde se apresentam Jurandy do Sax e Arnaud, no violino, tocando o Bolero de Ravel.

Como diria o cineasta francês René Clair: "Imitar o que é perfeito é dar provas de inteligência e bom gosto". Por quê não se fazer, aqui no Recife, algo atraente no lugar onde os rios Beberibe e Capibaribe se encontram, nas imediações da Cruz do Patrão, em Sto. Amaro/Tacaruna? Atrair barcos para aquelas águas mansas, para se ouvir e cantar "Recife, Cidade Lendária", "Cais do Porto" e o "Bolero" de Capiba?

O lugar onde fica o citado Obelisco comportaria ancoradouros, pequenos bares, tapioqueiras, quiosques com sorvete de mangaba, suco de graviola. Passo por lá, no meu Barco turístico exatamente naquela hora belíssima do final da tarde, início da noite e já estou pensando em iniciar um programa de "Navegações Poéticas", conforme sugerido pela minha amiga Dulce.