Ao compararmos os objetivos da proposta de Transposição do São Francisco com os do Eixão, projeto que “dará sustentabilidade hídrica ao Ceará até 2030”, nas palavras do Superintendente de Obras Hidráulicas do Estado (Sohidra), Leão Montezuma, fica evidente para onde irá a maior parte das águas desviadas do São Francisco.
Se fizermos uma comparação com os dados publicados, hoje, pelo jornal O Povo, de Fortaleza (texto postado logo abaixo), e a explicação sobre o projeto de transposição, apresentado no site do Ministério da Integração Nacional, concluímos que a maior parte da água bombeada para “os rios temporários do semi-árido” irá para o território cearense. (Ao clicar no infográfico do Ministério, você vai ampliá-lo e então terá uma mostra do contraste entre as obras previstas para os outros Estados e o pouco que resta a ser feito no Ceará. O infográfico da Sohidra complementa a interpretação).
Conscientes da unilateralidade do projeto de transposição, o bispo dom Luiz Cappio e os representantes de entidades que apóiam sua luta apresentaram, hoje à noite, a Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma contra-proposta, na qual fica evidente o engodo do projeto de transposição.
Ora se o projeto iria atender ao semi-árido, por que foram incluídos itens que prevêem a oferta de água às populações rurais? Não haveria necessidade, portanto, de solicitar “Elaboração e implementação de Programas de Revitalização das Bacias Hidrográficas dos Rios Jaquaribe no Ceará, Piranhas-Açu na Paraíba e Rio Grande do Norte e Parnaíba no Piauí e Maranhão, e rios temporários do Semi-árido”.
E ainda propor “Adução de 9m3/s para as áreas de maior déficit hídrico dos Estados de Pernambuco e da Paraíba, redimensionando o projeto atual de 28m3/s, através de termo de ajustamento entre o empreendedor e o Ministério Público Federal com interveniência dos Estados da Bacia, do Estado da Paraíba e do Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco”.
Na página do Ministério na Internet está detalhada a quantidade a ser bombeada do São Francisco: “A integração do rio São Francisco às bacias dos rios temporários do Semi-árido será possível com a retirada contínua de 26,4 m³/s de água, o equivalente a 1,4% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m³/s) no trecho do rio onde se dará a captação. Este montante hídrico será destinado ao consumo da população urbana de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos quatro estados do Nordeste Setentrional. Nos anos em que o reservatório de Sobradinho estiver vertendo, o volume captado poderá ser ampliado para até 127 m³/s, contribuindo para o aumento da garantia da oferta de água para múltiplos usos”.
No texto do jornal O Povo, o superintendente da Sohidra revela: “A capacidade de vazão do canal do Castanhão até a Região Metropolitana é de 9 m³/s. Depois de 2030, serão feitas obras de duplicação do sifão (utilizado para fazer jorrar água), que vai subir a vazão para 22 m³/s". Para acalmar quem pensa no aumento das despesas com energia para utilização dessa água, o superintendente afirma: "Todo o percurso da água será feito de forma gravitária, exceto uma estação de bombeamento no início do projeto".
Se fizermos uma comparação com os dados publicados, hoje, pelo jornal O Povo, de Fortaleza (texto postado logo abaixo), e a explicação sobre o projeto de transposição, apresentado no site do Ministério da Integração Nacional, concluímos que a maior parte da água bombeada para “os rios temporários do semi-árido” irá para o território cearense. (Ao clicar no infográfico do Ministério, você vai ampliá-lo e então terá uma mostra do contraste entre as obras previstas para os outros Estados e o pouco que resta a ser feito no Ceará. O infográfico da Sohidra complementa a interpretação).
Conscientes da unilateralidade do projeto de transposição, o bispo dom Luiz Cappio e os representantes de entidades que apóiam sua luta apresentaram, hoje à noite, a Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma contra-proposta, na qual fica evidente o engodo do projeto de transposição.
Ora se o projeto iria atender ao semi-árido, por que foram incluídos itens que prevêem a oferta de água às populações rurais? Não haveria necessidade, portanto, de solicitar “Elaboração e implementação de Programas de Revitalização das Bacias Hidrográficas dos Rios Jaquaribe no Ceará, Piranhas-Açu na Paraíba e Rio Grande do Norte e Parnaíba no Piauí e Maranhão, e rios temporários do Semi-árido”.
E ainda propor “Adução de 9m3/s para as áreas de maior déficit hídrico dos Estados de Pernambuco e da Paraíba, redimensionando o projeto atual de 28m3/s, através de termo de ajustamento entre o empreendedor e o Ministério Público Federal com interveniência dos Estados da Bacia, do Estado da Paraíba e do Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco”.
Na página do Ministério na Internet está detalhada a quantidade a ser bombeada do São Francisco: “A integração do rio São Francisco às bacias dos rios temporários do Semi-árido será possível com a retirada contínua de 26,4 m³/s de água, o equivalente a 1,4% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m³/s) no trecho do rio onde se dará a captação. Este montante hídrico será destinado ao consumo da população urbana de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos quatro estados do Nordeste Setentrional. Nos anos em que o reservatório de Sobradinho estiver vertendo, o volume captado poderá ser ampliado para até 127 m³/s, contribuindo para o aumento da garantia da oferta de água para múltiplos usos”.
No texto do jornal O Povo, o superintendente da Sohidra revela: “A capacidade de vazão do canal do Castanhão até a Região Metropolitana é de 9 m³/s. Depois de 2030, serão feitas obras de duplicação do sifão (utilizado para fazer jorrar água), que vai subir a vazão para 22 m³/s". Para acalmar quem pensa no aumento das despesas com energia para utilização dessa água, o superintendente afirma: "Todo o percurso da água será feito de forma gravitária, exceto uma estação de bombeamento no início do projeto".
O infográfico da Sohidra está na página
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