A letra do samba da Mangueira, no Carnaval 2006, passa ao largo na importância da água para os sertanejos que moram longe dos centros urbanos ou distantes dos grandes perímetros irrigados do Ceará.
A prioridade zero da transposição para o Ceará vai além do simples fornecimento de água às populações isoladas no meio do semi-árido. Isso ficou claro no financiamento à Mangueira, com o Governo cearense arcando com as despesas do desfile.
Em entrevista ao jornalista Jamildo Melo, do Jornal do Commercio, do Recife, e publicada no dia 27 de maio de 2005, o então secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Edinardo Rodrigues, foi mais claro que as águas do São Francisco ao responder sobre a transposição.
O secretário de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Edinardo Rodrigues, afirmou ao JC que o seu estado é um exemplo para o Governo Federal. "Com o Canal da Integração, que interliga as bacias do Estado e atende 65% da população com risco de seca, o Ceará está resolvendo o seu problema. Porque a União não resolve ?", questiona. "No nosso caso, temos sorte. Além de decisão política, também temos continuidade administrativa dos governos", explica. Na sua opinião, a transposição é uma obra fundamental não apenas para os estados receptores das águas. "Em cinco anos, haverá um grande stress hídrico, com o crescimento populacional do Nordeste. Por isto a água é tão fundamental. Um dia o Recife ainda vai precisar das águas do São Francisco", diz. No caso do Ceará, a questão é estratégica. "Temos que jogar desenvolvimento para dentro do Estado (no interior) e a água é fundamental para isto". Lá, a maior obra neste sentido é a construção do Canal da Integração, uma obra de R$ 1 bilhão que vai levar a água do Açude Castanhão (já concluído e que pode ser beneficiado com as águas da transposição) para até 11 municípios. "A obra vai garantir a Região Metropolitana de Fortaleza por 30 anos, além do distrito industrial do Pecém", explica o secretário.
Os primeiros 35 quilômetros já foram concluídos, levando água do Castanhão até o município de Morada Nova. Outros cinco trechos estão em licitação, com financiamento do banco mundial e governo do Japão.
Quanto ao samba da Mangueira, a segunda metade do último verso deixa evidenciado o acerto dos investimentos na irrigação no submédio São Francisco, ao cantar o plantio de uva e a produção de vinho. Mas a letra quer tudo isso no Ceará: “o sabor desse tempero, eu quero provar”.
A prioridade zero da transposição para o Ceará vai além do simples fornecimento de água às populações isoladas no meio do semi-árido. Isso ficou claro no financiamento à Mangueira, com o Governo cearense arcando com as despesas do desfile.
Em entrevista ao jornalista Jamildo Melo, do Jornal do Commercio, do Recife, e publicada no dia 27 de maio de 2005, o então secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Edinardo Rodrigues, foi mais claro que as águas do São Francisco ao responder sobre a transposição.
O secretário de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Edinardo Rodrigues, afirmou ao JC que o seu estado é um exemplo para o Governo Federal. "Com o Canal da Integração, que interliga as bacias do Estado e atende 65% da população com risco de seca, o Ceará está resolvendo o seu problema. Porque a União não resolve ?", questiona. "No nosso caso, temos sorte. Além de decisão política, também temos continuidade administrativa dos governos", explica. Na sua opinião, a transposição é uma obra fundamental não apenas para os estados receptores das águas. "Em cinco anos, haverá um grande stress hídrico, com o crescimento populacional do Nordeste. Por isto a água é tão fundamental. Um dia o Recife ainda vai precisar das águas do São Francisco", diz. No caso do Ceará, a questão é estratégica. "Temos que jogar desenvolvimento para dentro do Estado (no interior) e a água é fundamental para isto". Lá, a maior obra neste sentido é a construção do Canal da Integração, uma obra de R$ 1 bilhão que vai levar a água do Açude Castanhão (já concluído e que pode ser beneficiado com as águas da transposição) para até 11 municípios. "A obra vai garantir a Região Metropolitana de Fortaleza por 30 anos, além do distrito industrial do Pecém", explica o secretário.
Os primeiros 35 quilômetros já foram concluídos, levando água do Castanhão até o município de Morada Nova. Outros cinco trechos estão em licitação, com financiamento do banco mundial e governo do Japão.
Quanto ao samba da Mangueira, a segunda metade do último verso deixa evidenciado o acerto dos investimentos na irrigação no submédio São Francisco, ao cantar o plantio de uva e a produção de vinho. Mas a letra quer tudo isso no Ceará: “o sabor desse tempero, eu quero provar”.
Mangueira: Carnaval de 2006
Enredo: DAS ÁGUAS DO VELHO CHICO, NASCE UM RIO DE ESPERANÇA
Autor(es): Henrique Gomes, Gilson Bernini e Cosminho
VOU NAVEGAR...
COM A MINHA ESTAÇÃO PRIMEIRA
NAS ÁGUAS DA INTEGRAÇÃO CHEGOU MANGUEIRA
OPARÁ... RIO-MAR, O NATIVO BATIZOU
QUEM CHAMOU DE SÃO FRANCISCO FOI O NAVEGADOR
NA SERRA ELE NASCE PEQUENINO
ILUMINA O DESTINO, VAI CUMPRIR SUA MISSÃO
SE EXPANDE PRA MOSTRAR SUA GRANDEZA
”GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA”
A CARRANCA NA MANGUEIRA VAI PASSAR
MINHA BANDEIRA TEM QUE RESPEITAR
NINGUÉM DESBANCA MINHA EMBARCAÇÃO BIS
POR QUE O SAMBA É MINHA ORAÇÃO
BELEZA... O BAILAR DA PIRACEMA
CACHOEIRAS UM POEMA A PRESERVAÇÃO
LENDAS ILUSTRANDO A HISTÓRIA
MEMÓRIAS DO VALENTE LAMPIÃO
MERCADO FLUTUANTE, UM CONSTANTE VAI-E-VEM
VIOLEIRO, SANFONEIRO, QUE SAUDADE DO MEU BEM
O SABOR DESSE TEMPERO, EU QUERO PROVAR
GRAÇAS À IRRIGAÇÃO, O CHÃO VIROU POMAR
E TEM FRUTA DE PRIMEIRA PRA SABOREAR
UM BRINDE À EXPORTAÇÃO, UM VINHO PRA COMEMORAR
O VELHO CHICO! É PRA SE ORGULHAR
O SERTANEJO SONHOU
BANHOU DE FÉ O CORAÇÃO
E TRANSBORDOU EM VERDE E ROSA BIS
A ESPERANÇA DO SERTÃO
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