Essa “disputa” entre o bispo de Barra e o Governo Lula está parecendo com aquela briga de criança em que um dos “contendores” escreve o nome da mãe do outro na areia e cospe em cima, só terminando, após “incentivos” e “desafios” da platéia, com os dois engalfinhados no chão.
Uma briga de crianças, que, pela própria definição, “ainda não têm o juízo completo”, como dizem os nordestinos. Se já não bastasse a falta de serenidade para não ir pelos gritos dos outros, carece a uma criança um histórico de vida, um quadro de experiências vividas.
Dom Luiz Cappio, de uma paróquia às margens do São Francisco, conhece, como pastor que é, as angústias, os desejos, o inconsciente coletivo de suas ovelhas, dependentes do rio para sua sobrevivência. O histórico de vida do religioso está intimamente ligado às águas do Velho Chico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nascido numa região considerada a mais crítica em termos de reservas hídricas do Nordeste, o Agreste Meridional de Pernambuco, fartou-se de água em São Paulo, mas desconhece os desejos dos barranqueiros do São Francisco.
Mas, o presidente da República jamais poderia questionar a greve de fome do bispo de Barra por um motivo muito simples: quinta-feira passada, o jornal a Folha de São Paulo fez uma varredura na vida de Lula Inácio Lula da Silva e constatou que ele, como líder sindical, fez jejum de seis dias no Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em abril de 1980, “ao liderar uma greve no ABC paulista. Quem convenceu Lula a interrompê-lo foi d. Cláudio Hummes, então bispo de Santo André e hoje ministro do papa no Vaticano”.
Como dom Cappio reafirmou hoje sua intenção de manter a greve de fome, apesar de a Rede Globo, até ontem omissa sobre o fato, ter se posicionado, claramente, no Jornal Nacional, a favor do Governo, ao divulgar uma carta de cardeal Giovanni Battista Ré, prefeito da Sagrada Congregação para os Bispos, pedindo o fim da greve, o Governo brasileiro articula no Vaticano uma posição do papa contra a campanha do religioso.
A essa altura, alguém está instigando o presidente da República a fazer finca-pé na transposição, como se ela fosse, efetivamente, livrar o semi-árido dos efeitos da seca. E os pró-Lula, à semelhança das crianças da briga entre dois companheiros, não pararam para analisar, com profundidade, o que significa, realmente, a transposição.
Do lado do bispo, as “crianças” são ONGs, entidades sindicais, movimentos pastorais, partidos políticos de esquerda ressentidos com os rumos do Governo Lula. Os incentivadores do bispo vêm com argumentos falhos, sem consistência. Não pararam para discutir, tecnicamente, as diferenças de resultados da transposição nos quatro Estados do Nordeste – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Quais os benefícios, efetivos, para a população rural e urbana de cada uma dessas unidades da Federação.
A resposta ainda não foi dada. Os gritos da platéia impedem.
Uma briga de crianças, que, pela própria definição, “ainda não têm o juízo completo”, como dizem os nordestinos. Se já não bastasse a falta de serenidade para não ir pelos gritos dos outros, carece a uma criança um histórico de vida, um quadro de experiências vividas.
Dom Luiz Cappio, de uma paróquia às margens do São Francisco, conhece, como pastor que é, as angústias, os desejos, o inconsciente coletivo de suas ovelhas, dependentes do rio para sua sobrevivência. O histórico de vida do religioso está intimamente ligado às águas do Velho Chico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nascido numa região considerada a mais crítica em termos de reservas hídricas do Nordeste, o Agreste Meridional de Pernambuco, fartou-se de água em São Paulo, mas desconhece os desejos dos barranqueiros do São Francisco.
Mas, o presidente da República jamais poderia questionar a greve de fome do bispo de Barra por um motivo muito simples: quinta-feira passada, o jornal a Folha de São Paulo fez uma varredura na vida de Lula Inácio Lula da Silva e constatou que ele, como líder sindical, fez jejum de seis dias no Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em abril de 1980, “ao liderar uma greve no ABC paulista. Quem convenceu Lula a interrompê-lo foi d. Cláudio Hummes, então bispo de Santo André e hoje ministro do papa no Vaticano”.
Como dom Cappio reafirmou hoje sua intenção de manter a greve de fome, apesar de a Rede Globo, até ontem omissa sobre o fato, ter se posicionado, claramente, no Jornal Nacional, a favor do Governo, ao divulgar uma carta de cardeal Giovanni Battista Ré, prefeito da Sagrada Congregação para os Bispos, pedindo o fim da greve, o Governo brasileiro articula no Vaticano uma posição do papa contra a campanha do religioso.
A essa altura, alguém está instigando o presidente da República a fazer finca-pé na transposição, como se ela fosse, efetivamente, livrar o semi-árido dos efeitos da seca. E os pró-Lula, à semelhança das crianças da briga entre dois companheiros, não pararam para analisar, com profundidade, o que significa, realmente, a transposição.
Do lado do bispo, as “crianças” são ONGs, entidades sindicais, movimentos pastorais, partidos políticos de esquerda ressentidos com os rumos do Governo Lula. Os incentivadores do bispo vêm com argumentos falhos, sem consistência. Não pararam para discutir, tecnicamente, as diferenças de resultados da transposição nos quatro Estados do Nordeste – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Quais os benefícios, efetivos, para a população rural e urbana de cada uma dessas unidades da Federação.
A resposta ainda não foi dada. Os gritos da platéia impedem.
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