sábado, 17 de novembro de 2007

CUMARU NÃO FAZ JUS AO NOME


Cumaru é o nome de uma madeira resistente, utilizada, na construção pesada, como pontes, postes e dormentes e até na construção naval. Em Pernambuco, essas características não têm nada a ver com o município do mesmo nome.

Um quarto dos habitantes de Cumaru deixou o município em sete anos. Para ser mais preciso, 25,70% da população foi embora, “pegou a estrada”. De 21.959 pessoas em 2000, restaram 16.316 em 2007. Com 44 anos de existência, a serem completados antes do próximo Natal, Cumaru é um ator inexpressivo no mapa da Região de Desenvolvimento do Agreste Setentrional, compondo com mais seis municípios a área de fragilidade social.

Os elaboradores do perfil da RD Agreste Setentrional colocaram apenas um destaque no mapa de Cumaru: a existência de três assentamentos agrícolas. A estagnação já era visível no Censo de 2000: quase 45% (44,64%) recebiam de meio a um salário-mínimo. Cumaru é uma ilha de miséria, pois, ao seu redor, os municípios vizinhos, apesar da pobreza, têm atividades econômicas para mostrar.

Ao nascer de Limoeiro, à época vivendo da agroindústria algodoeira, Cumaru estagnou à medida que seu “pai” perdia espaço na economia estadual. As empresas limoeirenses, que processavam os capuchos e as sementes de algodão, fecharam pouco a pouco. O golpe fatal veio com a praga do bicudo.
Detalhes dos 19 municípios do Agreste Setentrional encontram-se no site do Condepe/Fidem

Um comentário:

Anônimo disse...

Fico triste por Cumaru ser anonimo para omundo . Faço questão de dizer que sou de Cumaru , sai de lá faz 19 anos , mas amo Cumaru .

Elizabete .