Um ditado, muito usado pelos portugueses, aplica-se muito bem à adutora do Sertão, subdividida em vários ramais, como o Luiz Gonzaga, inaugurado, semana passada, pelo governador Eduardo Campos: uma “obra de Santa Engrácia”. Não tem tempo para terminar.
Matéria publicada pelo Jornal do Commercio em 10 de novembro de 2001, portanto, há seis anos, fazia um retrospecto dos serviços, paralisados pelo Tribunal de Contas da União por denúncias de irregularidades. (ver texto postado anteriormente no blog).
No mesmo texto do JC, o então secretário de Infra-Estrutura, Fernando Dueire, considerava concluídos 43% dos serviços com a chegada da água a Ouricuri. Como a obra foi iniciada em 1993, foram necessários oito anos para a implantação de apenas 107 quilômetros de Orocó a Ouricuri.
Mas ainda faltavam 58 quilômetros do eixo principal, o eixão, garantindo água a Trindade, Araripina e Moraes. Se já não bastassem as irregularidades, com o posterior embargo das obras por parte do TCU, o Ibama entrou nessa lengalenga, ao autuar, em 23 de março de 2004, a Compesa pelo crime de “não ter licença de operação para gerir a adutora do Oeste”, cujo trecho entre Ouricuri e Araripina fora inaugurado em 30 de dezembro de 2002.
Com a conclusão do trecho final do eixão, a administração estadual só retomou as obras da Adutora do Oeste 25 meses depois, ao autorizar, em 24 de janeiro de 2005, a publicação do edital de licitação para construção de um dos ramais do eixo principal, a Adutora Luiz Gonzaga, que levaria água para os municípios de Bodocó, Granito, Moreilândia e Exu.
Os eixos secundários, numa extensão de 750 quilômetros, para levar água a outras localidades de Pernambuco e do Piauí, só Deus sabe quando serão construídos.
O infográfico foi publicado pelo Jornal do Commercio, do Recife, no dia 25 de janeiro de 2005.
Para maiores informações sobre a Adutora Luiz Gonzaga acessar
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