segunda-feira, 22 de outubro de 2007

SARAVÁ, PETROLINA DANÇA AXÉ EM PORTO

A influência da Bahia sobre Petrolina é sentida nas mínimas coisas. As festas populares, o gosto musical, enfim, o comportamento do petrolinense, têm muito mais a ver com o modo de vida do soteropolitano do que com o do recifense. Essa dependência tentou ser quebrada pelo ex-governador Nilo Coelho, que estudou Medicina em Salvador. As rodovias, os investimentos públicos – aeroporto, sistema de comunicação, perímetros de irrigação – e as ações governamentais foram uma tentativa de diminuir essa relação.

Passados mais de 30 anos, Petrolina ainda respira o ar da Bahia. É só prestar atenção à programação das tevês locais, ouvir as rádios locais e abrir seus sites. Na página da Grande Rio FM na internet há um link do Carnaporto – festa de Porto Seguro que dura três dias e começa na quinta-feira após o Carnaval. O Carnaporto 2008 Indoor – O Carnaval da Bahia na Arena Axé Moi Folia.

No link, há venda de camarotes e cadeiras de pista, ouve-se Claudinha Leitte (A madrinha do Carnaporto), conhece-se a programação que terá, obviamente, Araketu, Babado Novo, Vixe Mainha, Jamil, Cheiro de Amor e o DJ número um do mundo - Tiesto.

Se a influência baiana em Petrolina fosse diminuta, o Axé Moi Complexo de Lazer e o Grupo Hils, realizadores do Carnaporto, não estariam investindo recursos em sites de rádios de Petrolina. Os baianos vêem nessa dependência uma forma de faturar numa região que se caracteriza como o maior pólo de fruticultura irrigada do País. E só brinca no Carnaporto que tem alguma reserva: o axé-folião pagará, em oito módicas prestações mensais, R$ 348,00 para ficar na pista e R$ 552,00 para levantar os braços sem aperto nos camarotes.

Um comentário:

Anônimo disse...

E no mínimo peocupante, a influençia exercida pelas bandas de forró eletrônico, sobre a nossa juventude, num dado momento que o pais e principalmente a região nordeste necessita, de valorizar a sua verdadeira cultura.
Vejo com tristeza a participaçao alienadora da imprensa, principalmente de emissoras de rádio,comandadas por políticos e irmanadas com empresários que so pensam em acumular patrimônio com a anticultura,que em muitos caso leva jovens e adolescentes a prostituiçao, e a ligação com consumo e tr´fico de drogas nas cidades do interio do nordeste.
com tudo isso, alem da mi´seria de milhares de famílias ainda encontramos quem fale em valorizaçao da cultura e responsabilidade social.
cobro aqui uma açao do pder público, e dos orgãos e ensino superior ,uma mobilizaçao regional,para realização de eventos para difundir uma música de qualidade, tendo tamém uma participaçaõ responsável da imprensa e da sociedade organizada.