
A transposição das águas do São Francisco para quatro Estados é um engodo. Quem começar a ler esta postagem e for adepto da “transferência das águas” do Velho Chico para rios intermitentes do Nordeste já deve estar me considerando um radical, seguidor dos “ecologistas de plantão”.
A questão não é essa. Não se trata de defender o meio ambiente, pois não há mais o que degradar no semi-árido nordestino, como constata a Associação Caatinga, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) criada há nove anos em Fortaleza. Nessa região, “a lenha e o carvão vegetal são a segunda fonte de energia”.
Detalhe: as informações não são de agora. Elas remontam a 1992, época em que “a lenha e a estaca destacaram-se como os principais produtos de origem florestal. Para encurtar a história, a Associação Caatinga revela, em seu site, que “a cobertura vegetal está reduzida a menos de 50% da área dos estados e a taxa anual de desmatamento é de aproximadamente meio milhão de hectares”.
O que se deve discutir sobre a transposição é o ganho real de cada Estado em termos de utilização dos recursos hídricos pelas populações, uma pergunta ainda não respondida. As informações ditas e reditas pelo Governo Federal e por governadores que rezam por sua cartilha são as de que 12 milhões de pessoas serão beneficiadas.
Como os sertanejos que moram no meio da caatinga serão beneficiados é a dúvida maior. Eles não poderão colocar sifões ou abrir fendas nos canais para retirada da água. Nem todos os açudes vão receber as águas da transposição. Isso fica visível no infográfico da transposição (http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/integracao/infografico.asp), ao mostrar os eixos de integração e as adutoras (construídas, em funcionamento, planejadas e em construção).
A única certeza dos resultados da transposição do São Francisco é que ela praticamente só beneficiará o Ceará, onde o Eixo Norte, a partir da pernambucana Cabrobó, desembocará, em Icó, no rio Salgado, que deságua no médio Jaguaribe, onde está o Açude Castanhão.
A leitura atenta do projeto de transposição mostra claramente, no item Distribuição de Água, a importância da Integração de Bacias para o Ceará: "o sistema de reservatórios que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza (açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião) já está interligado ao rio Jaguaribe através do Canal do Trabalhador (capacidade de 5 m³/s). Em função da necessidade de se levar mais água da bacia do Jaguaribe para a RMF, o Governo do Estado está construindo o Canal da Integração (capacidade de 22 m³/s), interligando o açude Castanhão às bacias do Banabuiú (maior afluente do rio Jaguaribe) e Metropolitanas".
Com o Castanhão, capaz de acumular 6 bilhões e 700 milhões de metros cúbicos, ou seja, 20% do volume de Sobradinho, o Ceará está pronto para receber as águas do Velho Chico, ao dispor de uma estrutura de recursos hídricos montada, em sua maior parte, pelo DNOCS. São 8.000 açudes com capacidade total de acumulação aproximada de 18 bilhões de m3, centralizando em seu território 58,33% dos perímetros irrigados e quase 40% dos açudes construídos pelo órgão no Nordeste.
A existência da infra-estrutura hídrica cearense, uma vantagem comparativa em relação aos outros Estados, foi confirmada, em 13 de fevereiro do ano passado, em entrevista à Imprensa, pelo então secretário de Recursos Hídricos, Edinardo Ximenes Rodrigues: “o Ceará é o único estado do Nordeste preparado para receber a transposição do São Francisco, pois vem atacando o problema da falta de chuva há 15 anos”.
A discussão está lançada.
A questão não é essa. Não se trata de defender o meio ambiente, pois não há mais o que degradar no semi-árido nordestino, como constata a Associação Caatinga, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) criada há nove anos em Fortaleza. Nessa região, “a lenha e o carvão vegetal são a segunda fonte de energia”.
Detalhe: as informações não são de agora. Elas remontam a 1992, época em que “a lenha e a estaca destacaram-se como os principais produtos de origem florestal. Para encurtar a história, a Associação Caatinga revela, em seu site, que “a cobertura vegetal está reduzida a menos de 50% da área dos estados e a taxa anual de desmatamento é de aproximadamente meio milhão de hectares”.
O que se deve discutir sobre a transposição é o ganho real de cada Estado em termos de utilização dos recursos hídricos pelas populações, uma pergunta ainda não respondida. As informações ditas e reditas pelo Governo Federal e por governadores que rezam por sua cartilha são as de que 12 milhões de pessoas serão beneficiadas.
Como os sertanejos que moram no meio da caatinga serão beneficiados é a dúvida maior. Eles não poderão colocar sifões ou abrir fendas nos canais para retirada da água. Nem todos os açudes vão receber as águas da transposição. Isso fica visível no infográfico da transposição (http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/integracao/infografico.asp), ao mostrar os eixos de integração e as adutoras (construídas, em funcionamento, planejadas e em construção).
A única certeza dos resultados da transposição do São Francisco é que ela praticamente só beneficiará o Ceará, onde o Eixo Norte, a partir da pernambucana Cabrobó, desembocará, em Icó, no rio Salgado, que deságua no médio Jaguaribe, onde está o Açude Castanhão.
A leitura atenta do projeto de transposição mostra claramente, no item Distribuição de Água, a importância da Integração de Bacias para o Ceará: "o sistema de reservatórios que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza (açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião) já está interligado ao rio Jaguaribe através do Canal do Trabalhador (capacidade de 5 m³/s). Em função da necessidade de se levar mais água da bacia do Jaguaribe para a RMF, o Governo do Estado está construindo o Canal da Integração (capacidade de 22 m³/s), interligando o açude Castanhão às bacias do Banabuiú (maior afluente do rio Jaguaribe) e Metropolitanas".
Com o Castanhão, capaz de acumular 6 bilhões e 700 milhões de metros cúbicos, ou seja, 20% do volume de Sobradinho, o Ceará está pronto para receber as águas do Velho Chico, ao dispor de uma estrutura de recursos hídricos montada, em sua maior parte, pelo DNOCS. São 8.000 açudes com capacidade total de acumulação aproximada de 18 bilhões de m3, centralizando em seu território 58,33% dos perímetros irrigados e quase 40% dos açudes construídos pelo órgão no Nordeste.
A existência da infra-estrutura hídrica cearense, uma vantagem comparativa em relação aos outros Estados, foi confirmada, em 13 de fevereiro do ano passado, em entrevista à Imprensa, pelo então secretário de Recursos Hídricos, Edinardo Ximenes Rodrigues: “o Ceará é o único estado do Nordeste preparado para receber a transposição do São Francisco, pois vem atacando o problema da falta de chuva há 15 anos”.
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Um comentário:
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