CENTRO-OESTE MADRUGADOR (LXXII)

ITAMARATY

Diplomata divulga concurso em Cuiabá

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) enviou a Cuiabá o diplomata Rezek Andraus Gassani Neto com a missão de divulgar o novo concurso da carreira na Capital mato-grossense, um dos locais de provas escolhidos pelo Palácio do Itamaraty. As inscrições seguem até o próximo dia 12 e as provas serão aplicadas em 8 de março, simultaneamente em 18 capitais brasileiras. Há três anos, devido à baixa participação de candidatos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, o MRE decidiu realizar provas nessas regiões e enviar emissários para divulgar o concurso. Mineiro de 35 anos, formado em Direito, Rezek Neto ingressou na carreira de diplomata há pouco mais de um ano.

Para mato-grossenses que também sonham em ser diplomatas, em viver fora do Brasil ganhando altos salários, agora existe a chance de fazer o concurso público sem sair daqui. O MRE abriu inscrições para a seleção de 105 diplomatas. O salário inicial é de R$ 11 mil, mas pode até triplicar, dependendo do custo de vida do país onde o diplomata vai trabalhar representando o Brasil. Até a próxima quinta-feira, exclusivamente pela internet (WWW.cespe.unb.br), todas as pessoas (sem limite de idade) com formação superior em qualquer curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) poderão se candidatar ao cargo federal. A inscrição custa R$ 110. Atualmente, o Brasil dispõe de 200 postos no exterior, incluindo consulados e missões (aqueles que atuam junto a instituições como a Organização das Nações Unidas, a ONU). Composto de quatro fases, na primeira delas o candidato fará uma prova objetiva com 80 questões sobre as línguas portuguesa, inglesa e espanhola, além de história, geografia, política internacional e noções de direito e economia. Apenas os 300 melhores colocados seguem na disputa. Na segunda fase, o desafio será a redação e a análise de dois textos, em língua portuguesa. Quem tiver aproveitamento inferior a 60% está automaticamente eliminado. Quem atingir a terceira e penúltima etapa poderá se considerar um diplomata. Ele fará uma prova dissertativa para cada um dos temas da primeira fase. A última fase da prova é destinada somente para saber o ranking de classificação dos aprovados. Depois disso, o aprovado permanece seis meses em dedicação exclusiva aos estudos na academia do Instituto Rio Branco, organização ligada ao Palácio Itamaraty e responsável pela formação dos diplomatas brasileiros. Nos 12 meses seguintes, o diplomata passa um período do dia na escola e outro no MRE, trabalhando em alguma divisão temática. Fora do Brasil, o diplomata tem como atribuições, entre outras, informar, negociar e representar o país junto a outras nações e defender os interesses dos brasileiros que vivem no exterior. Hoje, a estimativa é de que cerca de 4 milhões de brasileiros vivem fora de sua pátria.

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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ACIDENTE

Pedreiro morre atropelado por viatura

O pedreiro Onésio Manoel de Lima, de 33 anos, morreu ontem atropelado por uma viatura do 4º Batalhão da Polícia Militar. Ele colidiu a bicicleta que pedalava com o veículo policial e foi arrastado por cerca de 20 metros. O impacto foi tão forte, que o parabrisa dianteiro da viatura ficou totalmente destruído. O acidente ocorreu por volta das 7 horas, na Estrada da Guarita, em um trecho já próximo ao trabalho de Onésio – um condomínio em construção localizado a menos de 100 metros do local do atropelamento. O soldado PM Luiz Gonçalo da Silva, que dirigia a viatura, parou o carro após o acidente, mas, com receio de ser agredido por uma multidão enfurecida que passava pelo local, pediu ajuda a outros policiais e foi levado a Delegacia do Complexo do Parque do Lago, onde foi ouvido pelo delegado plantonista. Colegas de trabalho de Onésio ficaram revoltados porque acreditavam que a viatura desenvolvesse velocidade acima do permitido para o local – no quarteirão ao lado está localizada a Escola Estadual Irene Gomes de Campos. “Olha, esses motoristas, independente de serem policiais ou não, deveriam tomar mais cuidado (ao dirigir). Não é possível que um trabalhador saia da casa e seja atropelado no caminho”, disse um dos colegas da vítima. Os trabalhadores da obra atrasaram o serviço para acompanhar o trabalho da retirada do corpo. Eles não se conformavam com fato de um crime de trânsito não prever punição, como ocorre com os demais delitos. “Se fosse uma pessoa comum, já estava presa bem guardada atrás das grades”, disse um deles.

“Todos os procedimentos foram tomados, pois o policial responderá a inquérito aberto pela polícia civil. Ele já esteve na Delegacia em seguida e está à disposição da polícia”, explicou. O delegado José Abdias Dantas, da Delegacia do Parque do Lago, instaurou inquérito. O militar será indiciado por homicídio culposo (sem intenção) no trânsito.

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Mudança no destino do lixo hospitalar

Reduzir, selecionar, desinfetar e reciclar. Ainda este ano, estas palavras passarão a fazer parte do dia-a-dia dos locais que produzem lixo hospitalar no Distrito Federal. Isso porque, o GDF decidiu que os hospitais, clínicas médicas, laboratórios, farmácias de manipulação, clínicas veterinárias e estúdios de tatuagem terão que cuidar dos dejetos resultantes do trabalho que realizam.

A medida visa reduzir gastos e têm datas diferenciadas, entre estabelecimentos públicos e privados, para entrar em vigor. De acordo com a diretora-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Fátima Có, a instituição recebe mensalmente cerca de 510 toneladas de lixo hospitalar. Desta quantidade, estima-se que, aproximadamente, 200 toneladas são provenientes dos prédios governamentais. Todo o material coletado é queimado no único incinerador público do DF, localizado no setor P Sul, Ceilândia.

Os gastos do processo chegam a R$ 500 mil por mês e são descontados nos cofres do GDF. No entanto, por determinação do Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT), o incinerador será fechado até abril deste ano. A justificativa é que a usina está em área de preservação ambiental. O SLU acredita que ao arcar com os custos do lixo que produzem, os estabelecimentos passarão a se conscientizar dos excessos. “Muitos lugares misturam materiais não-infectante ao lixo hospitalar. É desnecessário”, contou Fátima Có. A diretora calcula que com a separação dos dejetos, as instituições possam reduzir em até 30% da quantidade de lixo queimado. “Diminuiriam cerca de 150 toneladas de resíduos enviados ao incinerador”, disse.


Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.