quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

CENTRO-OESTE MADRUGADOR (LVII)


INCÊNDIO

Pantanal em chamas


Um raio deu início ao primeiro incêndio do ano no Parque Nacional do Pantanal. Até ontem, o fogo tinha consumido a vegetação em mais de 10 mil hectares de planície em duas frentes, uma na Baía dos Burros e outra próxima ao rio Caracará, na região do município de Poconé, na fronteira nordeste do Parque. O PrevFogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) estima que o incêndio tenha começado há mais de cinco dias. O analista ambiental Nuno Rodrigues da Silva, gerente do Fogo do Parque Nacional do Pantanal, informou que o incêndio está sendo monitorado pela equipe de analistas e brigadistas do Parque, que conta com mais de 20 pessoas. “Todo fogo é preocupante, por isso estamos monitorando constantemente”, afirma. Porém, ele esclarece que “trata-se de um incêndio natural, em planície de inundação cuja vegetação se encontra seca em função da atual seca no Pantanal”. O chefe do Parque, José Augusto Ferraz, confirma o panorama. Para ele, entretanto, o atual período de seca está mais rigoroso no Pantanal. Aí, o capim seco, antes alagado, torna-se combustível fácil para os raios, a causa mais comum de incêndios no Parque. Porém, nessas ocasiões, tão comum quanto os raios é o difícil acesso aos locais. Nuno Rodrigues, gerente do Fogo, vê justamente na dinâmica natural do Pantanal uma provável solução para o incêndio. “É um fogo que se propaga rápido, mas morre rápido também nos alagados. Nesta época do ano, contamos que a freqüência das chuvas dê conta da situação”.

Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
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MEIO AMBIENTE

Brasil despreparado para catástrofes naturais

Desde o final do ano passado, as chuvas castigam diversos Estados do Brasil, causando mortes e obrigando milhares de pessoas a deixar suas casas. Do total de mortes provocadas pelas chuvas, 135 ocorreram em Santa Catarina - onde a Defesa Civil ainda procura por seis desaparecidos -, e 23 em Minas. Porém, o número pode ser maior, já que é possível que as Defesas Civis dos municípios não tenham comunicado aos órgãos estaduais a ocorrência de novos casos. "Nessa situação, os órgãos se preocupam em atender as pessoas e não em contabilizar e divulgar a informação, até porque grande parte dos municípios não têm uma estrutura organizada para lidar com esse tipo de tragédia", afirma Sérgio José Bezerra, coordenador geral do departamento de Minimização de Desastres da Sedec. Até 31 de dezembro, dos 5.563 municípios brasileiros, aproximadamente 1.360 não contavam com uma Defesa Civil municipal. Com a troca dos prefeitos no dia 1º de janeiro, a Sedec estima que o número de cidades que não contam com o órgão deva aumentar bastante, já que, tradicionalmente, a maior parte dos municípios altera a coordenação das Defesas Civis, e muitas são extintas até que novas equipes sejam treinadas para assumir o órgão. De acordo com Bezerra, dados do Sedec revelam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas afetadas pelas chuvas e enchentes no Hemisfério Sul, não só em 2008, mas anualmente. No ano passado, por exemplo, as chuvas afetaram 1,5 milhão de pessoas em Santa Catarina e 1,5 milhão de pessoas no Nordeste. Apesar de ser o maior afetado, o país ainda enfrenta grandes dificuldades em lidar com catástrofes naturais. "A tragédia de Santa Catarina revelou como o Brasil não está preparado para lidar com catástrofes. A ação preventiva não é levada a sério no Brasil, apesar de todos os esforços", avalia Bezerra, que defende a inclusão de capacitações sobre o tema nas escolas.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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LEITE PARA TODOS

Novos horizontes para o DF


Desde o primeiro dia do ano, a Secretaria de Agricultura está responsável pela compra do leite do programa Vida Melhor. A nova medida, adotada pelo governador Arruda, tem o intuito de priorizar a produção local e certificar a qualidade do leite. Antes, apenas 20% dos produtores do Distrito Federal abasteciam a demanda da região, ou seja, 90 mil litros. O objetivo é aumentar esse número. O leite destinado ao programa Vida Melhor, que visa reunir as famílias beneficiárias dos programas sociais do Governo do Distrito Federal, chega a 60 mil litros diários. O governador pretende, até o fim do mandato, elevar esse volume para 100 mil litros por dia. Além de fiscalizar a procedência do produto, a Secretaria fará a compra diretamente dos produtores, que terão de seguir a normalização da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova). Adriana Valadares Girão, diretora do Dipova, lembrou que os produtores têm que se adequar ao programa para poder vender seus produtos ao governo. "O leite do DF é de excelente qualidade. Tudo vai depender de quem está produzindo", afirma a diretora. Atualmente, quase toda a produção de leite da região vai para outros estados. Para o presidente da Cooperativa Agropecuária de São Sebastião (Copas), Antônio Torres, a idéia de transferir para a Secretaria de Agricultura a compra do leite utilizado pelo programa Vida Melhor foi excelente. "A secretaria que acompanha toda a produção do local, é ela que deveria estar com a aquisição dos produtos. Isso foi uma coisa muito inteligente do governo", relatou. Antônio destacou que a medida traz duas vertentes para o estado. "O governo ajuda a população carente do DF e em contrapartida incentiva os produtores rurais. Com isso, o GDF consegue evitar que o trabalhador saia do campo em busca de oportunidades na cidade", conclui.

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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CINEMA

Experimentalismo em foco


Após a mostra de filmes assinados pelos grandes mestres do cinema polonês, Brasília vira palco, mais uma vez, para o cinema internacional. O projeto Cinema da República ganha continuidade, dos dias 14 a 25 deste mês, com uma mostra que reúne alguns dos maiores nomes do cinema experimental mundial dos últimos tempos. A mostra"Cinema Experimental em Perspectiva", que conta com a curadoria do professor, crítico e cineasta Sérgio Moriconi, vai exibir durante 12 dias produções inéditas, percorrendo desde as primeiras experiências abstratas feitas ainda pelos surrealistas até obras bem recentes, assinadas por alguns dos maiores artistas do cinema experimental contemporâneo. Para a grande parte do público, o cinema experimental costuma soar como algo relativamente distante, inacessível. Criada com a intenção de oferecer ao público o contato com produções clássicas e inéditas marcadas pelo experimentalismo, a mostra irá provar que, afinal, descobrir novas possibilidades da linguagem cinematográfica é tarefa que tem acompanhado os criadores do cinema desde os primeiros tempos. A partir da idéia criada pelo jornalista italiano Ricciotto Canuto, de que o cinema não deveria usar a "camisa-de-força" do roteiro e que deveria ser uma experiência livre, tanto em sua abordagem artística quanto no conteúdo, a imaginação de diferentes artistas ao longo do século passado foi alimentada. "Fundar uma poesia das imagens, abstrata, subjetiva. Esta é a essência da obra do norte-americano Stan Brakhage, que abre a mostra, para quem o cinema é um veículo para a subjetividade de cada indivíduo, uma experiência pessoal, capaz de proporcionar novas e diferenciadas percepções em cada espectador. É um conceito que pode ser estendido à obra de mestres como a do polonês Jósef Robakowski, do tcheco Jan Svankmajer, do gênio da animação russa Alexandre Alexeïeff e do pioneiro brasileiro Roberto Miller, assim como aos ensaios de jovens promessas do Oriente Médio e do norte da África", explicou o curador Sérgio Moriconi ao apresentar a mostra.

[Brasileiro na estréia - A abertura, marcada para às 19h30 do dia 14, acontecerá com uma seleção de curtas de um dos maiores criadores do cinema experimental do século passado: o norte-americano Stan Brakhage, defensor do "cinema puro", e o brasileiro Roberto Miller, um pioneiro considerado por muitos como o maior nome do gênero no país. Na programação, estão desde títulos criados por grandes nomes, como o fundador do dadaísmo Marcel Duchamp e pelo cubista Fernand Lèger, até experimentações visuais de artistas como o australiano Daniel Askill, grande estrela da publicidade. Praticamente desconhecido do grande público brasileiro, o pioneiro e gênio da animação, Roberto Miller, discípulo de Norman McLaren, uma lenda mundial do gênero, abre a programação com dois curtas, que poderão ser conferidos nos dois títulos que inauguram a mostra: "O Átomo Brincalhão" e "Desenho Abstrato". ].

Veja a programação no link abaixo:
http://www.tribunadobrasil.com.br/?ned=2529&ntc=79539&sc=11

Notícia Publicada no jornal “Tribuna do Brasil”
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Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.

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