DISCRIMINAÇÃO
Mulher negra, sem emprego
Desempregada há 9 meses, Nilciléia Lemes, de 24 anos, acha que sua foto no currículo tem bastado para que os empregadores lhe recusem oportunidades. Ela possui o ensino médio completo, já foi operadora de caixa, recepcionista e babá. Fora um azar inexplicável, ela diz que não consegue cogitar outro motivo para as portas lhe fecharem a não ser a discriminação por sua raça. Afinal, insistência não tem faltado. Ontem, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, cujos dados de 1993 a 2007, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dão conta da situação de Nilciléia e das mulheres negras em geral no mercado de trabalho. É dentro deste recorte de gênero e raça que se encontra a maior taxa de desemprego e a menor renda média do país. Mas a recusa ou a alegação de que não existem mais vagas disponíveis é uma resposta comum, mesmo para as mulheres com nível universitário. É isso o que assusta a professora Maria Lúcia Muller, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com a coleta de relatos para pesquisa qualitativa dentro da UFMT, o Nepre constatou que a raça tem sido fator decisivo para empregadores negarem oportunidades, mesmo quando ainda precisam.
Notícia Publicada no jornal “Diário de Cuiabá”
Link: http://www.diariodecuiaba.com.br/
MAUS TEMPOS
Ventania obriga retirada temporária de decoração

Uma forte onda de ventos na Esplanada dos Ministérios obrigou a equipe técnica responsável pela decoração de Natal a desmontar temporariamente parte dos cenários, durante a tarde de ontem. Muitos que passavam de carro no momento se assustaram com a cena. Porém, a organização explicou que a medida foi apenas preventiva e não há riscos para quem quiser conferir o espetáculo. As casas infláveis foram retiradas apenas por algumas horas. Segundo a idealizadora do projeto, Carlina Maria Rabelo, a decisão foi tomada para evitar danos aos bonecos que representam cada etapa da vida de Jesus. "São todos eletrônicos e feitos de maneira artesanal. Se estragar não há como substituir", disse. A ventania foi de tamanha intensidade que derrubou um coqueiro e arrastou vasos de pinheiros, que foram enterrados para evitar novos incidentes. Para driblar fenômenos como este, comuns em Brasília durante essa época do ano, os 85 funcionários que seriam dispensados na última segunda-feira (15) tiveram que voltar ao trabalho e modificar parte da estrutura. Um dos estandes reformados foi o presépio, maior símbolo do Natal. Mesmo com os contratempos, a exposição continua. Quem quiser conhecer um pouco mais da história de Jesus Cristo e do Natal pode comparecer das 19h à 0h na Vila Nazaré. Os estandes permanecerão montados até o dia 12 de janeiro. A idealizadora do projeto garante que a produção é 100% artesanal e brasileira. "Não perdemos em nada para a Disney", comparou. Segundo Rabelo, este é o maior presépio em que a história é representada por bonecos e cenários que têm tamanho natural. De acordo com ela, no último domingo cerca de 20 mil pessoas compareceram ao local. No sábado, o público chegou a 15 mil expectadores.
Notícia Publicada no jornal “Jornal Tribuna do Brasil”
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http://www.tribunadobrasil.com.br/RESGATE CULTURAL
Feira de Mamulengos

Entre os dias 17 e 21 de dezembro acontecerá em todo o Distrito Federal a Festa dos Mamulengos do Brasil, um evento que conta com diversos espetáculos, seminários, palestras e painéis sobre a arte de divertir o público com o teatro popular de bonecos. Mas é nos dias 20 e 21 que o público poderá curtir, em todas as feiras livres de Brasília (do Guará, da Torre, de Taguatinga, do Gama e outras), as apresentações dos fantoches de vários estados, sempre às 10h da manhã. Apenas a Feira Alternativa de Planaltina receberá o teatro às 20h. Alguns historiadores dizem que o termo mamulengo deriva de mão molenga, a maneira como o manipulador segura o boneco. Quase sempre o mamulengo é baseado em enredos heróicos, repletos de pancadarias, danças, comicidade e críticas bem-humoradas. Apesar do estilo variar conforme a região brasileira muda, a irreverência é sempre marca registrada. Nomes – Os bonecos são conhecidos de várias formas dependendo do estado. Pode ser Mamulengo, como são chamados em Pernambuco; João Redondo, no Rio Grande do Norte; Calunga, no Ceará; ou Babau, na Paraíba. Mas o boneco é o mesmo, animado pela mão do encenador da seguinte forma: o dedo indicador movimenta a cabeça; o médio e o polegar, os braços.
Notícia Publicada no jornal “Jornal Coletivo”
Link: http://www.jornalcoletivo.com.br/
Matérias selecionadas por Cristiane Condé, colaboradora deste blog.
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