sábado, 4 de outubro de 2008

ARACRUZ E SADIA: ALVOS DO PRESIDENTE LULA






O presidente Lula está enveredando por um caminho cheio de armadilhas. Até agora, respaldado no Plano Real, conduzido na era petista pelo tucano Henrique Meireles, o presidente da República dava uns vôos rasantes pela economia.

Perto das eleições e temeroso, sem admitir, das conseqüências da crise do sistema financeiro internacional, diga-se, para ser mais preciso, dos Estados Unidos, o presidente parte para acusar a Aracruz, gigante na produção de papel, e a Sadia, implantando, atualmente, uma fábrica em Pernambuco, de especulação contra o Real. O detalhe aí é que todas grandes companhias recorrem a empréstimos externos por conta dos altos juros brasileiros.

O texto, da agência inglesa Reuters, foi transcrito no site http://www.br.inter.net/


RIO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no sábado que o prejuízo reportado por Aracruz Celulose e Sadia com operações no mercado futuro se deveram à "ganância" das empresas que apostaram contra o real.

Ao participar em São Bernardo da campanha a prefeito do ex-ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), Lula afirmou que Aracruz e Sadia estavam "especulando" no mercado e são responsáveis pelas perdas que tiveram.

"Essas empresas, no fundo, estavam especulando contra a moeda brasileira. Portanto, não tiveram prejuízo. Elas praticaram, por conta própria, por ganância, esse prejuízo", disse Lula a jornalistas, segundo a Agência Brasil.


"Portanto, não coloque isso na crise não. Isso é problema delas, que tentaram especular de forma pouco recomendada", acrescentou o presidente.

A Aracruz anunciou um prejuízo de 1,95 bilhão de reais com operações no mercado futuro de dólar e suas ações na Bovespa despencaram 24,8 por cento na sexta-feira, a maior queda dos últimos 18 anos. A Sadia divulgou perdas de 760 milhões de reais com derivativos de câmbio, o que levou os papéis da empresa a caírem 36,5 por cento desde que a empresa anunciou o prejuízo.

Lula comparou a crise financeira nos Estados Unidos a um "tsunami", mas disse que ela chegará ao Brasil como "uma marolinha, não dando nem para esquiar". O presidente negou mais uma vez a adoção de qualquer pacote de medidas para enfrentar os efeitos da crise.

"Não existirá pacote. Nós vamos tomar medidas pontuais para acompanhar a crise e o seu desenrolar. O povo brasileiro pode ficar tranquilo", afirmou.

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