
A economia mundial está doente. A brasileira, alardeada pelo presidente Lula como imune a qualquer anomalia no corpo econômico, começa a dar sinais de infecção por uma virose internacional.
Alguns economistas, atentos à economia mundial, temem o pior. É o caso de Carlos Lessa, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e autor de uma centena de livros, ensaios e papers sobre Economia.
Lessa vai direto ao assunto: acabou a era do dólar. É preciso reeditar o acordo de Bretton Woods (*). Putin quer. Sarkozy, também. Bush, não. A explicação da negativa norte-americana está na “socialização” dos prejuízos norte-americanos. Os Estados Unidos querem invadir o mundo com créditos podres. Ou melhor, lançar o vírus de sua economia em outros mercados.
E o Brasil, apesar do otimismo do presidente Lula, começa a dar sinais de contaminação: a Sadia, prestes a inaugurar um complexo industrial em Vitória de Santo Antão, cidade situada a 70 quilômetros do Recife, foi atingida pela virose. A crise cambial transformou uma empresa sadia numa companhia às portas da UTI. A indústria catarinense, que projetara um lucro de R$ 536 milhões este ano, terá, agora, um prejuízo de R$ 224 milhões. Ou seja, uma perda de R$ 760 milhões.
Alguns economistas, atentos à economia mundial, temem o pior. É o caso de Carlos Lessa, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e autor de uma centena de livros, ensaios e papers sobre Economia.
Lessa vai direto ao assunto: acabou a era do dólar. É preciso reeditar o acordo de Bretton Woods (*). Putin quer. Sarkozy, também. Bush, não. A explicação da negativa norte-americana está na “socialização” dos prejuízos norte-americanos. Os Estados Unidos querem invadir o mundo com créditos podres. Ou melhor, lançar o vírus de sua economia em outros mercados.
E o Brasil, apesar do otimismo do presidente Lula, começa a dar sinais de contaminação: a Sadia, prestes a inaugurar um complexo industrial em Vitória de Santo Antão, cidade situada a 70 quilômetros do Recife, foi atingida pela virose. A crise cambial transformou uma empresa sadia numa companhia às portas da UTI. A indústria catarinense, que projetara um lucro de R$ 536 milhões este ano, terá, agora, um prejuízo de R$ 224 milhões. Ou seja, uma perda de R$ 760 milhões.
A explicação está nos empréstimos tomados por empresas brasileiras no exterior. Eles representam, na avaliação de Carlos Lessa, 10% do total de crédito das companhias. Ora, com a crise financeira internacional, as firmas brasileiras não têm onde buscar dinheiro. Por conta disso, o Banco Central do Brasil diminuiu o volume de depósitos compulsórios dos bancos. Em outras palavras: as instituições financeiras nacionais ficam com mais dinheiro para emprestar. É uma forma de compensar o corte de oxigênio motivado pelo vírus da economia norte-americana.
(*) - O sistema Bretton Woods, pactuado em 22 de julho de 1944 como forma de ordenar a economia mundial, tornou-se um exemplo de negociação entre países no estabelecimento de uma ordem monetária acordada entre as nações.
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