A modernização da economia baiana, iniciada com a implantação, há mais de 30 anos, de um planejamento a longo prazo criou um ambiente de otimismo no Estado. Tudo começou com o a Refinaria de Mataripe, deflagradora do processo de desenvolvimento industrial e âncora dos projetos posteriores, como o Centro Industrial de Aratu e o Pólo Petroquímico de Camaçari.
Esse crescimento não se limitou a Salvador, cidade que até a década 80 não era saneada. As intervenções no sítio urbano transformaram física, econômica e comportamentalmente a capital baiana. Os soteropolitanos passaram a respirar um ar cosmopolita. Isso se refletiu na forma de ver o Carnaval e no modo de ganhar dinheiro com a cultura.
Os carnavais fora de época por esse Brasil afora não são nada mais nada menos que a exportação da cultura baiana sob a forma de captação de recursos externos. A mudança de comportamento reflete-se hoje no PIB do Estado: quase 10% do que se produz na Bahia advém de atividades culturais e turísticas. Veja-se o exemplo do Carnaporto. (Texto postado anteriormente)
Em Pernambuco, o Carnaval ainda é uma atividade amadora. Os clubes, as troças, os blocos, os papangus, os caretas e quase todas as manifestações populares carnavalescas ou extra-carnavalescas dependem do poder público que, ao dar alguns trocados, às agremiações ou aos grupos culturais está perpetuando uma forma de dominação.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
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Um comentário:
Vixe mainha! É o fim da cultura popular!
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